MPPA pretende concluir inquérito sobre agressão a paciente autista esta semana

A promotora em exercício da Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e Juventude no Município de Castanhal, Naiara Vidal Nogueira, espera concluir até o final desta semana, o inquérito civil do Ministério Público do Estado (MPPA) sobre a denúncida de agressões contra um menino de dez anos de idade, portador do transtorno do espectro autista, no município de Castanhal.

A denúncia, formalizada na semana passada, indica que a criança sofreu maus tratos no interior de uma clínica terapêutica. A partir do inquérito, o MPPA decidirá se vai ingressar ou não com uma ação civil contra os responsáveis da clínica. Ainda na sexta-feira (24), o MPPA ingressou com uma ação cautelar na justiça objetivando a suspensão temporária do funcionamento do estabelecimento. Além do inquérito civil, o caso também é investigado por meio de inquérito policial na Delegacia da Infância de Castanhal.

A intenção da promotora Naiara Vidal é ouvir, nos próximos dias, a proprietária da clínica e a filha dela, que atua como terapeuta ocupacional. Essas duas pessoas foram identificadas pela mãe da vítima como sendo autoras da agressão sofrida pela criança, a partir de um vídeo que circulou nas redes sociais. 

O caso veio à tona na última quinta-feira (23), por meio das redes sociais. A promotora Naiara Vidal tomou conhecimento do caso e, de ofício, mandou verificar a veracidade do fato. Como relatou a promotora, na ocasião, a mãe e uma pedagoga facilitadora do menino foram ouvidas no MPPA. Ambas confirmaram a denúncia à Promotoria. Após a denúncia, a promotora não conseguiu falar com as acusadas.

Nas imagens que circularam, era possível ver a criança, paciente da clínica, sendo agredida fisicamente por uma das profissionais, enquanto outra pessoa, também do espaço, segura um cinto de couro e fazia ameaças verbais ao menor. 

A promotora Ana Magalhães, amiga da família da criança e que acompanha o caso, informou que a mãe do menino recebeu o vídeo na quarta-feira (22). Ela reconheceu que se tratava do filho e foi orientada a denunciar o caso à Justiça. A algum tempo, a mãe já vinha observando mudança no comportamento no filho.