MP traça metas para reduzir números de acidentes de escalpelamento no Estado
Pará registrou seis acidentes do tipo no ano passado
Pará registrou seis acidentes do tipo no ano passado
Para prevenir e reduzir o número de acidentes de escalpelamento, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) realizou, na última quarta-feira (14), a 1ª reunião com a nova gestão da Comissão Estadual de Enfrentamento dos Acidentes com Escalpelamento (CEEAE). O objetivo principal do evento foi traçar metas de atuação para o combate aos acidentes de escalpamento no Estado.
O acidente é causado pelo eixo exposto dos motores das embarcações que, ao enroscar e puxar os cabelos longos das meninas e mulheres, podem arrancar parte ou todo o couro cabeludo, ou até mesmo ocasionando a morte das vítimas. Mulheres e crianças são as maiores vítimas e geralmente ficam graves sequelas físicas e psicológicas. Grande parte das vítimas é oriunda de 42 municípios localizados entre o Arquipélago do Marajó e o oeste paraense.
"O escalpelamento é um problema social, que precisa de mais atenção por parte do Governo e da sociedade. Por isso, a promotoria atuará nesse segmento junto com os órgãos envolvidos", frisou a promotora de justiça Suely Catete.
A primeira ação desse ano será a Operação Carnaval, que irá do dia 28 de fevereiro a 6 de março, envolvendo três municípios: Soure, Abaetetuba e Cametá. A Capitania atua na fiscalização da implantação de protetores nos eixos dos motores das embarcações, como forma de prevenir os acidentes. A próxima reunião mensal do Ministério Público com a Comissão será no dia 15 de março.
ESCALPELAMENTO
Em caso de acidentes, a vítima deve receber os primeiros socorros no município. Depois, o caminho é o encaminhamento para o o Hospital da Fundação Santa Casa, em Belém, que é referência no atendimento desses casos. Entre 1982 até setembro de 2018 foram registrados 431 casos de escalpelamento. Nos últimos três anos, as ocorrências foram: onze casos em 2015, seis em 2016, dois em 2017 e seis no ano passado.
Para informar sobre vítimas de escalpelamento ligue para a Coordenação de Mobilização Social/Sespa: (91) 4006-4329 ou para a Fundação Santa Casa: (91) 4009-2262. Para falar sobre a cobertura gratuita do eixo ligue para a Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (0800-2807200/(91) 3218-3950).