Morre Amazonino Mendes, ex-governador do Amazonas
Com 83 anos de idade, o político já vinha enfrentando problemas de saúde e estava internado desde dezembro do ano passado

Morreu na manhã deste domingo (12), o ex-governador do estado do Amazonas (MA), Amazonino Mendes, aos 83 anos de idade. O político estava internado desde de dezembro no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Filiado ao partido Cidadania, Mendes disputou sua última eleição em outubro do ano passado, quando tentou voltar ao cargo de governador do estado pela quinta vez.
Em nota de pesar, a família de Amazonino destaca o seu legado na vida pública: “Foi uma vida vitoriosa dedicada com muito amor à família e ao povo do Amazonas. Amazonino deixa um legado incomparável, como homem e político. Lutou bravamente como poucos, mas agora descansa em paz!”.
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Os problemas de saúde de Amazonino já vinham se agravando no último ano. Enquanto concorria ao cargo de governador, em outubro de 2022, o político chegou a reduzir a agenda de campanha e evitou grandes mobilizações no interior do estado. Em novembro do ano passado, tinha sido internado em razão de uma crise de diverticulite (inflamação no intestino grosso) e pneumonia, mas chegou a receber alta no dia 6 de dezembro.
Contudo, no dia 25 de dezembro, Amazonino voltou a ser internado devido a uma grave piora no quadro respiratório. No hospital, ele ainda chegou a ser visitado pelo presidente Lula, enquanto este fazia exames de rotina antes da posse.
Amazonino era natural do Amazonas, da cidade Eurinepé, tendo nascido em novembro de 1939. Ele foi casado com Tarcila Prado Negreiros Mendes e deixa três filhos: Armando Mendes, Lívia Mendes e Cristina Mendes. Entre os cargos que ocupou está o de governador do Amazonas por quatro mandatos (1987-1990; 1995-2003; 2017-2018), prefeito de Manaus por três vezes (1983-1986; 1993-1994; 2009-2013) e senador, em 1991.
Polêmica com paraense
Ao longo da carreira política, Amazonino também protagonizou algumas polêmicas, como em 2011, quando visitou a comunidade carente de Santa Marta, em Manaus, onde três pessoas haviam morrido soterradas. À época, Mendes disse que as pessoas na comunidade ajudariam a prefeitura "não fazendo casas onde não devem". Quando uma moradora diz que não tem condições de ir para um lugar melhor, o então prefeito diz a ela “então morra!”.
Ainda na mesma ocasião, ao discutir com a moradora da área de risco, Amazonino pergunta de onde ela é. A mulher responde que é do Pará e o político rebate: “Então pronto! Está explicado! (...) Tem que falar a verdade desse jeito. Com essa ignorância, vocês vão morrer”.
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