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Semma aponta poluição no Igarapé do Lago do Costa após naufrágio de balsa

O naufrágio provocou o vazamento de mais de 600 litros de óleo diesel e afetou cerca de 50 famílias ribeirinhas que dependem do rio para sua sobrevivência

Andria Almeida

Cerca de 50 famílias ribeirinhas foram afetadas pelo vazamento de mais 600 litros de óleo diesel, após o naufrágio da balsa MG, ocorrido no último dia 16, em frente à comunidade de cuieiras, em Monte Alegre, oeste do Pará. Segundo o relatório da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), o óleo contaminou o Lago do Costa e causou danos ambientais à região.

Segundo o relatório da Semma, a balsa da petroleira MG seguia de Santarém com destino a Belém quando veio afundou, por volta das 16h. O material poluente se espalhou no Rio Amazonas, da margem ribeirinha até o igarapé do Lago Grande, agravando ainda mais o dano.

Na ocasião, o dono da embarcação informou à Semma que fazia o transporte de 600 litros de óleo diesel, mas, diante da proporção do dano, os técnicos do órgão acreditam que a carga era bem maior do que a informada.

O acidente deixou cerca de 50 famílias que dependem do rio sem água própria para o consumo. Na última quinta-feira (22), cinco dias após o naufrágio, a Prefeitura de Monte Alegre providenciou a entrega de 90 garrafões de água mineral para as famílias afetadas.

A multa para esse tipo de crime ambiental pode variar de R$ 5 a R $50 mil , segundo a Semma.

“Foi feito um laudo técnico, montado com auxílio da engenharia ambiental, biólogos e fiscais da Semma que constataram que a quantidade de óleo é bem maior [que os 600 litros informados pela empresa], diante disso, estamos preparando um relatório final para que, assim, possamos responsabilizá-los", disse Madson Pereira, secretário de Meio Ambiente de Monte Alegre.

Naufrágio contaminou o Igarapé Lago do Costa, atesta Semma

O laudo da Semma relata que o naufrágio da Balsa MG provocou a contaminação da água do Igarapé do Lago do Costa. O vazamento do óleo tornou a água imprópria para o consumo e uso humano e animal. Ocorre que a comunidade local depende diretamente desses recursos para sua subsistência, tanto para alimentação como dessedentação humana e animal.

 “Também é importante destacar que esse incidente afetou diretamente a fauna aquática, sobretudo, os peixes que, ao entrarem em contato com o óleo, podem ser contaminados, o que pode colocar em risco a saúde das pessoas que consomem essas espécies. Além disso, ressalte-se que no local, durante a visita da equipe técnica, foi possível sentir forte odor dos resíduos de óleo diesel na margem do rio”, descreve o relatório.

Pará