Ministério Público cobra explicações sobre escola em Bujaru

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) cobrou, da Secretaria Municipal de Educação de Bujaru, informações sobre a situação da escola Nossa Senhora da Conceição. A unidade de educação infantil fica na comunidade Tracuateua, no ramal do Bacuri. Uma moradora da área denunciou, em vídeo, as condições precárias do imóvel. A denúncia foi publicada, nesta terça-feira (21), em OLiberal.com.

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Além de solicitar as informações sobre a escola, o promotor de justiça Isaac Sacramento Silva, titular de Bujaru, está agendando uma vistoria no imóvel. A comunidade escolar deverá ser ouvida também. Mas pela denúncia, da moradora que não se identificou, há goteiras nos telhados e faltam telhas em algumas partes do teto. O período chuvoso escancarou problemas históricos da escola.

Há vários remendos nas paredes, que são em madeira. Há tábuas apodrecidas. O conforto é minimo para professores e alunos. Em outros municípios, condições semelhantes já levaram promotores de justiça a ordenaram interdições de escolas.

O chefe de gabinete da Prefeitura de Bujaru, Luiz Ferdinando Santiago, confirmou informações, superficialmente passadas ao telefone, pela secretária municipal de Educação, Maria Célia Sato: há uma licitação, em curso, para reforma de escolas na cidade. Entre elas, a Nossa Senhora da Conceição. A previsão é de que o processo seja concluído ainda neste semestre.

Maria Célia Sato é filha do prefeito de Bujaru, Jorge Sato. Em abril de 2018, a Polícia Federal deflagrou a operação Malacoda. Ela, o prefeito e a esposa dele, Amanda Akemi Sato (secretária de Finanças), estavam sendo investigados por fraudes em licitações e desvios de recursos da merenda escolar, oriundos do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Outra pessoa da família Sato, que trabalha na prefeitura — mas não foi investigado na ocasião — é o secretário de Obras e Infraestrutura, Alexandre Lima Sato.