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Memorial Pracinhas da Amazônia homenageia ex-combatentes que lutaram durante 2ª Guerra Mundial

O espaço foi inaugurado nesta quinta-feira (23), na sede do Quartel General Integrado (QGI), no bairro da Campina, em Belém

O Liberal

Nesta quinta-feira (23), o Comando Militar do Norte (CMN) inaugurou, na sede do Quartel General Integrado (QGI), no bairro da Campina, em Belém, o Memorial Pracinhas da Amazônia. O espaço é uma homenagem aos mais de setecentos ex-combatentes da  Força Expedicionária Brasileira (FEB), oriundos dos estados da região Norte do país, que lutaram pela liberdade e pela democracia durante a Segunda Guerra Mundial, entre os anos de 1939 e 1945. 

Um dos Pracinhas da Amazônia é o tenente José Santana Baltazar, de 98 anos. O então soldado integrou o terceiro grupamento que seguiu de Belém para a Itália. Hoje, ele é a memória viva dos momentos vividos em solo europeu e carrega no peito as medalhas que conquistou durante a carreira. "Não tenho palavras para agradecer esse momento, eu me sinto honrado por estar aqui representando o Brasil lá fora. Me sinto orgulhoso de ver essa homenagem”, disse o ex-combatente.

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A filha do ex-combatente, a administradora Elza Pantoja, conta que o pai, mesmo com idade avançada, sempre fala dos momentos vividos na Guerra. “A alegria foi quando acabou e ele voltou para casa. Meu pai está hoje aqui e a gente fica orgulhoso de ver o reconhecimento do Exército, porque foi um feito histórico e eles são reconhecidos internacionalmente pela bravura e vitória que obtiveram”, conta Elza.

Outro familiar que lembra dos feitos do pai na Segunda Guerra é o músico paraense Salomão Habib. Presente à solenidade, ele relembrou os feitos do tenente Raimundo Dantas, também músico e integrante do 26º Batalhão de Caçadores. “Eu, como filho de músico, sei da importância da música para as batalhas. Toda comunicação, todos os toques são feitos através da corneta. Muitas músicas perpetuam nas memórias afetivas como os dobrados do Exército ficaram e estão presentes na minha memória até hoje”, destacou.

Os nomes dos “Pracinhas” estão gravados não somente na história, mas no Memorial, composto ainda por um mapa que mostra as cidades percorridas pelos contingentes, bem como os locais de batalhas e conquistas, conhecido como Teatro de Operações italiano. 
Para o Comandante Militar do Norte, General de Exército Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves, o Memorial legitima o esforço dos ex-combatentes. “O CMN está muito feliz por ter essa oportunidade que reconhece o trabalho, os valores e a competência do soldado brasileiro. Nós, da Amazônia, tivemos uma grande participação e portanto é muito justo fazer o reconhecimento da bravura desses camaradas”, afirmou

Além de valorizar a história e a presença militar na região, a inauguração do Memorial Pracinhas da Amazônia também integra a programação de 10 anos do CMN, que será celebrado em junho deste ano. Para festejar a data, uma série de atividades serão desenvolvidas ao longo de 2023, visando integrar o Comando Militar do Norte à população nos estados do Pará, Maranhão e Amapá.

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