Mamografia: Belém registra aumento de mais de 100% na procura pelo exame
No Pará, a expectativa é que mais de 40,3 mil procedimentos sejam realizados até o final de 2022, diz Sespa

A cidade de Belém registrou aumento de 102,03% na procura pela mamografia. Em 2021, 1.026 procedimentos foram ofertados. Já em 2022, a expectativa da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) é que o ano feche com 2.079 atendimentos. O Pará espera que 40.374 análises destas sejam realizadas até o final de 2022. De outubro a dezembro deste ano, 850 exames extras estão sendo disponibilizados pela Policlínica Metropolitana e pelo Hospital Regional Abelardo Santos. Os números foram repassados pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e tem mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos como público-alvo.
A mamografia é considerada uma das principais formas de detecção do câncer de mama e, feita de forma precoce, pode aumentar as chances de cura da paciente. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que este exame seja realizado anualmente a partir dos 40 anos. A prevenção consiste, então, na atenção primária básica por meio de práticas regulares de atividades físicas e hábitos saudáveis, além do rastreio por possíveis tumores.
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A médica oncologista Juliana Nicolau destaca que o exame pode ser adiantado caso a mulher tenha condições genéticas específicas. “A mamografia não é invasiva, ela utiliza um aparelho chamado mamógrafo que vai emitir pequenas porções de radiação para obter uma espécie de raio-x das mamas. Se a paciente for de alto risco, com uma mutação genética comprovada, é indicado que ela realize a mamografia a partir dos 30 anos. E, se ela tiver um histórico familiar positivo para câncer de mama, esse rastreamento deve se iniciar 10 anos antes da idade que o familiar tinha quando teve o diagnóstico”, diz a doutora.
Há, ainda, a possibilidade de realização de outros métodos. A ressonância magnética das mamas é uma opção considerada. É importante ressaltar que, quando a mulher está envolvida com questões ligadas aos genes, a atenção precisa ser redobrada. “Uma paciente portadora de mutação genética pode vir a desenvolver o câncer de mama em idades mais precoces. Podem ser tumores mais agressivos, podem ser tumores bilaterais e a presença de um fator genético também pode incluir o aumento do risco de aparecimento de tumores em outros órgãos”, destaca Juliana.
Cuidar da saúde como o todo é o indicado, diz médica
Atenção primária e secundária andam juntas para evitar o aparecimento de câncer de mama. Tendo em vista que o consumo de álcool e o tabagismo são elementos que colaboram para essa realidade ser vista ainda mais cedo nas mulheres, é necessário manter melhores hábitos. “Uma boa alimentação, a prática de atividades físicas regulares, evitar hábitos nocivos e ter um controle de obesidade. Isso faz parte da prevenção primária: ter um bom estilo de vida. E, também, a prevenção secundária, que é a realização periódica de exames de rastreamento. Frequentar o mastologista, fazer a mamografia anualmente a partir dos 40 anos ou mesmo você ter o hábito de examinar suas mamas”, finaliza.
Como conseguir atendimento médico na rede pública de Belém
A porta de entrada são as Estratégias saúde da família (ESF) e Unidades básicas de saúde (UMS).
Consulta com enfermeiro ou médico; solicitação via sistema (Sisreg) realização do exame, resultado é retorno a ESF ou UMS, caso alteração, encaminha-se para Casa da Mulher para exames complementares e encaminhamento para o hospital de referência no município.
O município possui 5 prestadores de exame de mamografia, deste 5 , 1 é municipal que é a Ure saúde da mulher.
Como conseguir atendimento médico na rede pública de Ananindeua
Para solicitar a mamografia, as mulheres podem procurar atendimento em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) do município. Todas as unidades estão orientadas a atender mulheres que necessitam agendamento para o exame.
Como conseguir atendimento médico na rede pública do Pará
Para fazer o exame de prevenção ao câncer de mama no Pará, a mulher deve primeiramente procurar a Unidade de Saúde mais próxima de casa para que possa ser encaminhada, caso haja real necessidade, para um dos 27 serviços de referência em diagnóstico e tratamento de câncer de mama mantidos pelo SUS e/ou conveniados, distribuídos em 12 regiões de Saúde.
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