Mais de 700 vagas devem ser destinadas ao Pará pelo Médicos pelo Brasil
Pelo Programa Mais Médicos eram 852

Para o Estado do Pará, o Governo Federal afirma que vai ampliar em 55,2% as vagas disponibilizadas em municípios prioritários, passando das atuais 364 do Programa Mais Médicos para 565 por meio do Programa Médicos pelo Brasil, lançado na quinta-feira (1º).
Ainda segundo o Ministério da Saúde (MS), a partir da nova configuração de distribuição dos médicos com custeio do Governo Federal, priorizando suprir a demanda em regiões mais carentes, as vagas previstas para provimento de médicos no Estado devem chegar a 733. Pelo programa Mais Médicos eram 852.
À região Norte, ainda de acordo com o MS, serão 1.677 vagas para os municípios prioritários pelo Programa Médicos pelo Brasil. Por meio do Mais Médicos eram 1.125. No total, serão mais de 4 mil vagas prioritárias para as regiões Norte e Nordeste que, juntas, terão 55% do total.
"Cabe esclarecer que se trata de estimativa, uma vez que a distribuição de vagas leva em consideração a quantidade de Equipes de Saúde da Família existentes em cada município, além das condicionantes sociais de cada localidade, como recebimento de benefícios sociais", esclarece o MS.
No Programa Médicos pelo Brasil o Governo Federal enfatiza que priorizará a participação de municípios em regiões carentes. A estimativa é de que sejam disponibilizadas 18 mil vagas em todo o país, principalmente em municípios de difícil provimento, por serem longe dos centros urbanos, e em localidades vulneráveis.
Entidades médicas no Pará destacam vantagens do Médicos pelo Brasil
Para o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM) no Pará, Manoel Walber dos Santos Silva, o Programa Médicos pelo Brasil em relação ao Programa Mais Médicos conta com a vantagem de atuar com profissionais registrados nos CRMs, a garantia para a população de uma assistência mais qualificada e ética.
"Para os médicos brasileiros e os que se submeteram ao Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) é um passo muito importante no sentido de maior respeito profissional, maior segurança trabalhista e maior possibilidade de fixação nos lugares mais distantes do Pará e do Brasil", destaca o presidente do CRM no Pará.
Até o momento, ele considera que esse foi o mais importante passo dado pela categoria. "Demos um passo na direção de uma carreira de médico de estado, que teria como referência o tratamento dado à carreira dos integrantes do Ministério Público e do Judiciário".
O diretor do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), Waldir Cardoso, também afirma que o programa é a antítese do Mais Médicos e vem ao encontro do que o sindicato sempre defendeu. "Sabemos que todos os médicos que vão participar são médicos, porque terão que ter o CRM. Outra questão é que vamos ter a carreira federal, ou seja, os médicos poderão ingressar nela e como toda carreira tem progressão, promoção, enfim".
Além disso, Cardoso frisa que a proposta traz elementos de qualificação, para que o médico se especialize em Medicina de Saúde da Família. "Isso interessa ao profissional e, sobretudo, à população que será atendida pelo profissional".
Outro elemento é que mais da metade do número de médicos serão alocados no Norte e Nordeste. "É nessas regiões que estão mais as localidades de difícil acesso e terá gratificação diferenciada para aqueles que trabalharem em áreas indígenas, ribeirinhas e fluviais. Então, essa valorização do ponto de vista financeiro para o médico se dispor a ir para uma região mais distante é importante e sempre defendemos isso", afirma o diretor do Sindmepa.
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