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Liberal Amazon: nova plataforma ecoa vozes da Amazônia para o mundo

Projeto avança com equipe própria, 'hub' de conteúdo multimídia bilíngue e parcerias com instituições e articulistas de renome da região

O Liberal

Já está no ar a nova plataforma bilíngue do Grupo Liberal que irá aprofundar e dar maior visibilidade para as questões amazônicas, a partir de pontos de vista de quem vive e conhece as diferentes realidades da região. O projeto “Liberal Amazon” iniciou em 2021 e amplia a produção de conteúdo em multiplataformas nessa nova fase, que passa a contar com equipe própria de jornalistas, além de parcerias com instituições e articulistas de renome da região. O site www.liberalamazon.com será um “hub” que serve de base de conteúdo multimídia e bilíngue, que será distribuído em diferentes canais e formatos.

A jornalista Ana Danin será a editora-executiva do Liberal Amazon, responsável pelo planejamento das pautas, produção de reportagens e articulação institucional do projeto para articulistas. Paraense, com 25 anos de experiência em jornalismo e comunicação empresarial, a paraense afirma que está bastante motivada com o novo desafio.

“É um projeto que nos estimula muito, pois poderemos abordar a nossa região com o olhar de quem vive na Amazônia, dando espaço e voz a quem produz conhecimento e vive os desafios da nossa terra diariamente. Teremos forte diálogo com diferentes instituições, que vão nos auxiliar na curadoria de pautas e também vamos ter um forte esforço em projetar esse conteúdo internacionalmente, pois é uma plataforma que nasce bilíngue”, destaca Ana Danin.

Quem também integra a equipe é a jornalista Alice Morais, que também é especialista em Comunicação Científica pelo Programa Internacional de Formação de Especialistas em Desenvolvimento da Amazônia, da Universidade Federal do Pará (UFPA). Em 2021, Alice foi a vencedora da região Norte do programa FactCheckLab, da Agência Lupa com a Embaixada dos Estados Unidos, com um projeto de checagem de fatos.

Ana Danin e Alice Morais têm amplo conhecimento sobre a Amazônia e avançada fluência em inglês - que foram alguns dos critérios para a formação da equipe de conteúdo. "Ainda há uma lacuna no mercado do jornalismo em produzir reportagens aprofundadas sobre a realidade amazônica, a partir da visão de pessoas da Amazônia. Escrever e apurar dentro do projeto é honrar o compromisso como jornalista da região, e estou animada com essa oportunidade", destaca Alice.

Além das reportagens e artigos, o Liberal Amazon também agregará o conteúdo que será produzido pelo “Amazônia Check”, projeto aprovado pelo YouTube e pelo International Center for Journalists (ICFJ), dentro do programa “Jogo Limpo”. Nesse esforço, o Grupo Liberal fará checagem de informações sobre a Amazônia que venham a ser ditas pelos candidatos à presidência da República nas eleições deste ano. A iniciativa de O Liberal terá acompanhamento do Projeto Comprova, liderado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), que atuará no apoio para treinamento e qualificação da equipe que atuará no período das eleições.

Plataforma em multicanais 

Além do site liberalamazon.com, o conteúdo do projeto será também veiculado aos domingos no jornal O Liberal e em suas plataformas digitais. O Podcast Liberal Amazon, 100% em inglês, pode ser acessado pelo site, mas também por plataformas de distribuição de áudio, como o Spotify. Já os vídeos estarão também nas redes sociais de @oliberal e do @liberalamazon, assim como no LibPlay, no YouTube e no DailyMotion. As redes sociais de @liberalamazon estarão em inglês e os conteúdos em português serão publicados no perfil de @oliberal.

Em breve, o projeto contará ainda com newsletter quinzenal, com resumo das principais notícias, artigos, vídeos e podcasts do período.

Site abre mais espaço para vozes da região

A plataforma Liberal Amazon também contará com articulistas que vão escrever sobre os desafios e soluções da Amazônia, abrindo mais um canal de visibilidade e reflexão sobre a região. Logo no lançamento, o site já conta com artigos do ex-ministro Aldo Rebelo e do professor e pesquisador de segurança pública, Aiala Couto, da Universidade do Estado do Pará (Uepa).

“Acredito que é uma importante iniciativa para que possamos, a partir da região, dar nosso ponto de vista sobre nossa realidade. Já era hora de termos uma plataforma desta natureza, e me sinto bastante grato por ser convidado a fazer parte deste projeto, que ecoa as nossas vozes e nossas lutas como povos amazônidas”, destaca Aiala Couto.

Para Aldo Rebelo, que foi ministro nas pastas de Coordenação Política e Relações Institucionais; do Esporte; da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Defesa, a plataforma poderá ser fundamental para ajudar a explicar melhor a região. "Destaco a importância de um portal feito por jornalistas da Amazônia, dando o ponto de vista da Amazônia e tendo como conteúdo a Amazônia, em português e inglês, ajudando a explicar e aumentar o conhecimento sobre a Amazônia para o Brasil e o mundo. A Amazônia precisa ser explicada. Acho que um portal como esse pode cumprir essa missão e é com muita honra que passo a integrar o time de colunistas, contribuindo com meu ponto de vista sobre o desafio que é a Amazônia. Parabéns a todos pela iniciativa", afirma Rebelo.

Nas próximas semanas também serão publicados artigos do reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Emmanuel Tourinho, do presidente da Comissão Pró-Amazônia da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Marcelo Thomé, e da pesquisadora do Museu Paraense Emilio Goeldi, Ima Vieira. Outros articulistas também serão divulgados em breve, com diferentes pontos de vista sobre a região.

Para Emmanuel Tourinho, a iniciativa será um bom espaço de debate, conhecimento e reflexão. "Divulgar a Amazônia pela voz dos amazônidas merece o nosso aplauso. Nossos povos e nossas instituições têm um conhecimento acumulado de enorme valor e imprescindível para quem se interessa por esta região", destaca o reitor da UFPA.

“Foi com expectativa que recebi a proposta do projeto multiplataforma Liberal Amazon, de organização e distribuição de conteúdo jornalístico aprofundado, pois é necessário e urgente que a sociedade tenha acesso a informações e análises consistentes sobre as diversas e complexas questões amazônicas. As soluções aos graves problemas e desafios enfrentados na região não serão encontradas por um pensamento e intervenções exógenas. Sabemos disso por experiências em curso e vividas em séculos anteriores”, destaca Ima Vieira.

Para a pesquisadora Ima Vieira, que já foi diretora do Museu Goeldi, a iniciativa poderá dar mais visibilidade para o conhecimento produzido na região. “É necessário afirmar o que os povos originários e tradicionais já sabem há um longo tempo, observando e acumulando conhecimentos: a Floresta Amazônica é produtiva e mantê-la em pé é essencial. E para atingir esse objetivo é fundamental reconhecer e considerar os interesses e necessidades dos atores locais, assim como a capacidade regional de buscar e apontar um desenvolvimento comprometido com o equilíbrio socioambiental, onde se possa ter equidade com as questões territoriais sociais, ambientais e econômicas”, destaca.

Fotógrafo Luiz Braga estreia exposição virtual

O Liberal Amazon também terá em seu site e plataformas digitais uma exposição virtual. Chamada de “Olhar Amazônico”, ela dará mais visibilidade à produção fotográfica de profissionais que retratam a região. Serão cerca de 15 a 20 imagens que poderão ser apreciadas por quem acessar o site, com breve perfil do autor e os contatos a cada nova edição. A exposição de estreia, já disponível em liberalamazon.com, é do premiado fotógrafo Luiz Braga. Paraense de Belém, Luiz Braga tem 65 anos e fotografa desde os 11 anos de idade, atuando profissionalmente desde os 17. “Tenho orgulho de ter construído e seguir construindo uma obra sobre a Amazônia e com ela ter ganhado o mundo. Isso é algo que tenho muito orgulho”.

Sobre a produção escolhida para estrear a exposição virtual “Olhar Amazônico”, Braga destaca que optou por apresentar parte da obra em preto e branco. “Esse recorte que fiz, especialmente para essa estreia, é um recorte de um aspecto ainda pouco conhecido pelos mais jovens, que é a minha produção em preto e branco. Ela continua sendo feita, mas nos anos 70, 80 e 90, fazia parte constante da minha obra. Então optei, após o convite, em fazer um recorte desse material. Ele é todo feito com filme, como se diz hoje, analógico. E fiz essa opção para que as pessoas possam perceber que, por trás desse fotógrafo conhecido e reconhecido pelas cores, existe a estrutura do preto e branco, da composição, das tonalidades, das nuances de cinza, da luz. O preto e branco foi e tem sido até hoje uma escola para minha fotografia. Então, é um prazer muito grande compartilhar isso com vocês e com o mundo”, resume Luiz Braga. 

Pará