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Exclusivo: Justiça do Trabalho determina leilão da 'Ponta do Cururu', em Alter do Chão

Os interessados podem até mesmo dar lances parcelados em até 30 vezes com entrada mínima de 25% do valor da oferta

Ândria Almeida

Um leilão anunciado nesta quarta-feira, 28, tem chamado a atenção. Isto porque a Justiça do Trabalho determinou a venda de um imóvel na vila balneária de Alter do Chão, localizada há cerca de 37 km da zona urbana do município de Santarém, oeste do Pará, que inclui famosos pontos turísticos da região como a Ponta do Cururu, três lagos e extensa área de floresta.

O leilão ocorre porque a Associação Cristã de Moços do Rio de Janeiro (ACM-RJ), proprietária da área, tem uma dívida trabalhista não paga e que já resultou na indisponibilidade do bem imóvel.

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Além disso, aponta que o imóvel “possui algumas edificações em um camping, do tipo maloca, quiosques com apoio de mesa e cadeiras de concreto. Possui uma base com banheiros e chuveiro para os visitantes e moradores próximos. A água é captada por poço, visto possuir um grande volume de água no subsolo”.

Com a penhora do imóvel e a proibição de vender diretamente, no leilão proposto pela ACM-RJ o arrematante pagará 10% do valor proposto de imediato e o restante somente quando a associação quitar “qualquer dívida que impossibilite o registro do imóvel para o arrematante”.

A Ponta do Cururu, em Alter do Chão, é o cenário de um dos mais famosos pôr do sol paraense; esse paraíso é ponto turístico certo entre os guias que atuam na vila. A praia tem uma grande extensão de areia que ganha encantamento com as águas límpidas do Rio Tapajós; a beleza natural ganha mais cor com a descida do sol em dias quentes.

Assim como a ilha do amor, a Ponta do Cururu depende da chegada do verão para se revelar. O acesso é possível através de barcos particulares, ou por meio da Associação de Turismo Fluvial de Alter do Chão (ATUFA) que oferece o passeio nas lanchas.

O guia turístico, André Ferreira Pinho, da Atufa, fala da preocupação de perder esse  ponto turístico que é considerado o carro chefe dos passeios realizados pela associação. “Existe uma preocupação nossa porque ela é uma parada obrigatória de quem vem a Alter do Chão. Todo mundo vem para ver o pôr do sol de lá. Temos medo com essa possibilidade de ir a leilão e alguém arrematar e proíba o acesso dos turistas”, enfatizou.

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