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Jet Ski: Paixão que cresce pelos rios de Barcarena

Já são mais de 400 membros que participam da equipe paraense de apaixonados por motos aquáticas

Igor Wilson

Todo sábado é como um ritual para Marcelo Pinho. Se levanta cedo, toma seu café e parte para a Maloca do Orlando, localizada em um dos afluentes do rio Acará. Ali é onde fica a espera de seus amigos durante algum tempo. Pouco a pouco a turma vai chegando no espaço gastronômico. Os jetskis começam a serem levados para as águas de coloração marrom e chamam a atenção de quem passa. É o começo de uma aventura que já se tornou tradição no município.  

Os encontros semanais são organizados pela equipe DirectJet através de um grupo em um aplicativo de mensagens. Já são mais de 400 membros que participam da equipe paraense de apaixonados por motos aquáticas. Nos sábados, o colorido dos veículos náuticos nas águas chama atenção dos barcarenenses por onde os pilotos passam. A cada encontro, de acordo com Marcelo, cerca de 30 a 40 pilotos participam da aventura pelas mais diversas paisagens paraenses.  

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“Sempre tentamos fazer um percurso diferente, mas geralmente partimos de Barcarena. Já fomos para Santa Isabel, que é um passeio anual que dá de 120 a 200 participantes. A gente vai fazer agora um em Santarém que já tem cento e vinte participantes. Estes são os percursos mais longos, mas já demos a volta na Ilha de Mosqueiro, na própria Barcarena e em outros locais entre os rios do município”, diz o empresário e piloto de jetski. 

RECONHECIMENTO INTERNACIONAL 

Os sábados com os jetskis sobre as águas de Barcarena e de outros municípios foram se firmando como um compromisso para a maioria das pessoas da equipe. Desde 1992, Marcelo não se lembra de um sábado em que a atividade não tenha ocorrido. A frequência, o crescente número de pessoas e a seriedade com que os pilotos encaram o encontro fizeram com que o grupo DirectJet ganhasse um honroso reconhecimento internacional. Em agosto deste ano a equipe de pilotos foi reconhecida como a maior comunidade náutica da América Latina, na convenção mundial da Bombardier Recreational Products (BRP), realizada em Salt Lake City, nos Estados Unidos. 

TURISMO E ECONOMIA LOCAL 

As reuniões entre os apaixonados por veículos aquáticos movimentam a economia dos locais por onde a caravana da DirectJet costuma passar. A cada sábado o grupo também planeja, além do percurso pelas águas, os pontos de parada para refeições e descanso. As comidas típicas de nosso estado, como o peixe frito e o açaí, fazem parte deste momento maravilhoso do dia.  

A presença dos aventureiros na cidade faz com que comerciantes programem suas atividades de acordo com o calendário dos passeios náuticos, dias em que a movimentação de consumidores é bem maior. Em Barcarena, a Maloca do Orlando foi se tornando conhecida em toda a cidade como o principal ponto de encontro dos passeios do grupo no município.   

“Quando vieram os primeiros jetskis e lanchas para cá, o nosso negócio começou a crescer. Antes era meio isolado, daí os meninos começaram a vim direto, movimentando e organizando campeonatos. As vezes recebemos 50 pessoas aqui. Eles passeiam pelos furos e sempre vem almoçar ou tomar o açaí da tarde aqui ou quando é muito longe não dá pra vim almoçar aqui o açaí da tarde”, diz Janira Leão, gerente do estabelecimento. 

O QUE É PRECISO PARA PILOTAR UM JETSKI 

O processo de habilitação para conduzir um jetski não é muito diferente de tirar a carteira de motorista, no entanto, é mais ágil. É necessário ter idade superior a 18 anos e a realização de exames que comprovem condições físicas e mentais para a atividade. Em seguida, é necessário fazer um curso prático com carga horária de três horas na totalidade. Após a conclusão das aulas, é preciso fazer uma prova na Capitania dos Portos mais próxima de sua residência. 

Pará