MENU

BUSCA

Inverno amazônico: município de Castanhal no combate à dengue e outras viroses

Em Castanhal, no nordeste paraense, os agentes de endemias do município iniciaram as visitas técnicas nas residências, desde o começo do ano, para o controle e combate dos casos da doença na cidade

Patrícia Baía

O inverno amazônico acende o alerta para diversas viroses e também para possíveis casos de dengue. A doença, transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, pode levar o paciente a óbito, caso a pessoa não receba os cuidados adequados.

VEJA MAIS

Covid

Em 2023 foram diagnosticados 80 casos de covid em Castanhal. Destes, três evoluíram a óbito. Os pacientes eram dois idosos e um jovem de 30 anos. “Apesar dos casos estarem diminuído a doença não deixou de existir. Por isso, a importância da vacinação estar em dia. Os três casos de morte que tivemos em janeiro aqui no município foram de pessoas que não estavam com as vacinas completas. Os idosos possuíam comorbidades e só tinham tomado duas doses da vacina, assim como o jovem de 30 anos”, explicou a enfermeira Gyane Brandão.

Casos de viroses aumentam no município

Desde o Carnaval os casos de virose têm se intensificado em Castanhal. E quase sempre com os mesmos sintomas que podem começar com desconforto gástrico e evoluindo para febre alta, garganta inflamada e dores de cabeça. De acordo com a enfermeira da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Geany Brandão, a época da chuva propicia o surgimento das viroses e que são transmitidas de pessoa para pessoa de forma mais rápida.

A auxiliar administrativa, Larissa Godot, de 30 anos, passou cerca de quatro dias em casa com virose. “Comecei a ter sintomas na noite da terça feira de Carnaval. Senti um incômodo na garganta, e durante a madrugada tive muita febre. No dia seguinte fui até a emergência onde fui atendida e medicada. Passei a fazer a medicação em casa conforme o recomendado. Mas, ainda assim alguns sintomas permaneceram como a garganta muito inflamada, a febre, dores no corpo, enjoos, fraqueza e até sensação de desmaio. No terceiro dia foi um pouco mais forte com vômito e diarreia. No quarto dia já fui melhorando. É muito ruim pegar essas viroses que sempre chegam nesse período de chuva”, contou.

Ane Almeida também passou mal na semana pós-Carnaval a precisou ficar um dia em observação em um hospital particular do município. “Cheguei com um quadro de dores fortes de estômago e febre alta. Tive que ficar um dia inteiro no hospital porque após as dores de estômago vieram a diarreia e um tremor no corpo. Eu confesso que fiquei com medo de ser covid, mas depois do teste negativo fiquei mais calma e mesmo assim foi um momento difícil. Nunca peguei uma virose tão forte e acho que devo ter sido infectada no Carnaval”, contou a empresária.

“Nesta época de chuva as pessoas estão mais aglomeradas em casa e com os ambientes fechados. As casas ficam com pouca circulação de ar e é mais fácil ir transmitindo. Também importante lembrar que tivemos o carnaval e mais aglomerações de pessoas que muitas vezes estavam doentes com sintomas gripais ou até assintomáticas e foram curtir o Carnaval. Esses dois fatores contribuíram para que agora estejam surgindo esses casos de síndrome gripal”, explicou Geany Brandão.

Muitas das gripes ou viroses sazonais são causadas pelo vírus H1N1 e segundo a Vigilância em Saúde em breve começará a campanha de vacinação dos grupos específicos. “Enquanto isso é muito importante evitar ao máximos as aglomerações e é necessário o uso de máscara em ambientes fechados, além do cuidado com a higiene das mãos”, explicou a enfermeira Geany Brandão.

 

Pará