Infectologista explica principais diferenças entre a novo coronavírus, o Sars-Cov-2, e a covid-19
Estar com o novo vírus não significa que a pessoa tem a doença
Para algumas pessoas, o novo coronavírus e a covid-19 são as mesmas coisas. Isso pode ser natural, já que o vírus é novo e nem a própria ciência ainda o desvendou o bastante. Mas, na verdade, já é possível saber que existem diferenças. Uma das principais delas é que estar com o novo coronavírus não significa que a pessoa tem a covid-19. A infectologista Helena Brígido, vice-presidente da Sociedade Paraense de Infectologia (SPI), explica que o vírus é o novo coronavírus (Síndrome Respiratória Aguda Grave - Sars-Cov-2) e que covid-19 é a doença.
De acordo com estudos científicos, o Sars-Cov2 tem três cepas diferentes identificadas: A, B e C. "No geral, o tipo A é o encontrado na China. O tipo B foi o mais encontrado no Canadá, México, França, Estados unidos, Alemanha, Itália, Austrália. O tipo C foi encontrado na França, Itália, Suécia, Inglaterra, Brasil".
Uma dúvida que também ainda paira para muitas pessoas sobre o tema: quem teve o vírus e/ou a doença fica imune?. "Quem tem o vírus pode ter nova infecção, então, a infecção pelo novo coronavírus não gera imunidade total, ou seja proteção total. Não há relatos se essas novas infecções podem causar uma infecção mais leve, com ou sem doença desenvolvida", esclarece a infectologista Helena Brígido.
SINTOMAS
O Ministério da Saúde destaca que os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. No entanto, o coronavírus (Sars-CoV-2) ainda precisa de mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas da doença. Os principais são sintomas conhecidos até o momento são febre, tosse e dificuldade para respirar.
TRANSMISSÃO
Como o coronavírus é um vírus novo, portanto, o que se tem em relação a vacinas e medicamentos ainda é muito preliminar, é importante a população ajudar na prevenção da doença. As informações disponíveis sugerem que o principal modo de transmissão do Sars-Cov-2 entre seres humanos é semelhante ao da gripe. Ou seja, a transmissão ocorre de uma pessoa para outra através de gotículas eliminadas através da tosse ou do espirro.
CUIDADOS
Para a população em geral, as orientações da infectologista são de isolamento social e a higiene pessoal e do ambiente em que mora ou trabalha. Se precisar sair nas ruas, é fundamental o uso de máscara (pode ser de tecido); uso de álcool gel em 70% para higienizar as mãos; não levar as mãos no rosto, em especial nos olhos, no nariz e na boca; manter a lavagem de mãos com sabão adequadamente, por 20 segundos, garantindo a higiene; não tossir na direção de uma pessoa e evitar aglomerações.
ATENDIMENTO
O Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) recomenda que, se a pessoa tem tosse, falta de ar, desconforto respiratório, dores musculares, dificuldade para andar e e febre, com 38 e 38.5 graus. Se tiver esses sintomas, pode ir para um hospital para buscar ser examinado pelo médico, que vai orientar se vai ficar ou não em observação. Se for só uma tosse e febre de 37 ou 37.5 graus, é melhor ficar em casa, é mais seguro e observando e, caso evolua, buscar médico.
Porém, caso haja pelo menos quatro desses sintomas, é importante buscar os Pronto Atendimentos, como as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), de preferência, e as Unidades de Saúde, as que fazem Urgência e Emergência, e os Pronto Socorros.