MENU

BUSCA

Indígenas denunciam violência de garimpeiros após operação da PF

Ação foi deflagrada ontem em cumprimento a ordem do STF

Agência Brasil

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) denunciaram ataques de garimpeiros, nesta quarta-feira (26), contra lideranças indígenas da Terra Indígena (TI) Munduruku, no Pará. Segundo as entidades, os garimpeiros que atuam na região efetuaram disparos de armas e incendiaram casas em retaliação à operação Mundurukânia, da Polícia Federal (PF).

A PF deflagrou a operação na última terça-feira (25), em cumprimento às medidas solicitadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de combater a prática clandestina de garimpos nas terras indígenas Munduruku e Sai Cinza, no município de Jacareacanga. 

Hoje, durante a continuidade das ações, as forças de segurança foram surpreendidas pelos garimpeiros, que fizeram um protesto contra a operação. Segundo a PF, os manifestantes tentaram invadir a base da operação e depredar patrimônio da União, aeronaves e equipamentos policiais.

LEIA MAIS:
Governador pede reforço das tropas estaduais após tentativa de ataque à base da PF no Pará
VÍDEO: Garimpeiros tentam invadir base de operação da PF no interior do Pará

Ainda conforme o órgão, eles foram contidos por policiais federais, após medidas de contenção para a dispersão dos invasores sem que houvesse feridos. Além da PF, participam da operação a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Força Nacional.

A Apib afirmou que a presença das Forças Nacionais não inibe os garimpeiros, que seguem cometendo atos de violência para ameaçar e intimidar lideranças contrárias à atividade ilegal em terras indígenas.

“Homens armados, que exibiam galões de gasolina, invadiram a aldeia da TI Munduruku onde se encontrava Maria Leusa Munduruku, coordenadora da Associação das Mulheres Munduruku Wakoborũn (organização que vem sendo atacada por denunciar os garimpeiros) e incendiaram sua casa”, denunciou a entidade.

Pará