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Hospital do Marajó registra aumento de casos de pneumonia no período chuvoso

Índice de diagnóstico da doença aumenta até 30%; maioria são crianças

João Thiago Dias

Durante o período chuvoso, os casos de pneumonia aumentam até 30% no Hospital Regional Público do Marajó (HRPM), em Breves, no Pará. A maioria dos pacientes são crianças, que já chegam ao atendimento com quadro infeccioso em evolução e com grande propensão ao derrame pleural. Quem informa é o diretor técnico do hospital, Cláudio Martins Oliveira.

Segundo ele, na época em que as chuvas são constantes, as crianças diagnosticadas ocupam metade dos leitos do setor pediátrico. "Essas pneumonias são geralmente adquiridas na comunidade. A gente chama de PAC. É um tipo específico, que não é aquela hospitalar", explicou.

Além das mudanças bruscas de temperatura neste período, as pessoas costumam ficar mais aglomeradas em espaços menores e próximas umas das outras, o que facilita a ocorrência de problemas respiratórios. "O índice é maior em crianças porque ainda não formaram o sistema de defesa completamente e estão mais expostas porque brincam mais na rua ou pegam mais chuva", detalhou Cláudio.

Os principais sintomas são febre, dor no peito e tosse constante com catarro, mas, geralmente, o quadro começa com uma gripe. "Essa gripe persiste por cinco ou sete dias e a tendência é que vire pneumonia por conta da baixa resistência dos pequenos. A gente já trata com lavagem no nariz e remédio para febre" comentou. 

Além das crianças, os idosos também são mais suscetíveis à doença. A recomendação do diretor técnico do HRPM é manter os ambientes sempre ventilados. "O principal jeito de previnir é evitar ficar em espaços fechados e aglomerados. Sempre deixar uma janela aberta com a luz do sol. Evitar ficar na chuva também", orientou.

ÓBITOS

De acordo com a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa), 2.279 pessoas foram a óbito no Pará em 2017 por causa de pneumonia. Em 2016, o número foi 2.108.

Entre janeiro e novembro de 2018, foram registrados 26.238 atendimentos com diagnóstico de pneumonia no Pará - incluindo esfera pública e privada. No entanto, a Sespa esclarece que não se trata do número de casos, já que uma mesma pessoa pode ter tido o mesmo diagnóstico mais de uma vez nesse período.    

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