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Guamá confirma interesse em abrir aterro sanitário em Bujaru

Na última sexta-feira (5), moradores de Bujaru e Acará fizeram um ato contra a possível instalação do empreendimento que poderia estar em território de comunidades quilombolas e receberia resíduos da Grande Belém

O Liberal
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A Guamá Tratamento de Resíduos confirmou que tem interesse na abertura de um aterro sanitário no município de Bujaru, nordeste do Pará. A intenção foi confirmada por uma nota, enviada dias após um ato de moradores da cidade e também do município do Acará na última sexta-feira (5). Os manifestantes se posicionaram contra a instalação do empreendimento, que poderia afetar cerca de 17 comunidades quilombolas. O novo espaço seria destinado a receber resíduos das duas cidades e da Região Metropolitana de Belém (RMB).

Na nota, a Guamá explicou que já está fazendo os procedimentos necessários para pleitear a instalação do empreendimento. Entre eles, montar os estudos de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental (EIA/Rima). Esses documentos devem ser apresentados à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). A proposta da empresa é apresentar os dados e estudos em audiências públicas, ainda neste ano.

"O complexo industrial, com investimento total de R$ 50 milhões, será composto de usina de triagem de resíduos recicláveis, pátio de compostagem, usina termoelétrica e Centro de Educação Ambiental, além do próprio aterro. O objetivo da empresa é apresentar uma solução para atendimento dos serviços de destinação final de resíduos dos municípios de Bujaru, Acará e da Região Metropolitana de Belém (RMB), possibilitando o fechamento dos lixões existentes na região. O atual aterro no município de Marituba tem previsão de encerrar suas atividades em agosto de 2023", diz a nota.

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Getúlio Jales, um dos coordenadores do ato público ocorrido na sexta-feira, afirmou que ao menos 17 comunidades tradicionais devem ser afetadas com a construção do aterro. ”Querem colocar esse aterro na área Guará, onde tem oito nascentes de rios e pelo menos cinco delas serão atingidas por escavações ou estarem próximas da obra", disse. Ele destacou que essas comunidades consomem água de poços e sobrevivem do extrativismo, como a pesca e cultivo de castanha e açaí.

No dia do ato, em 5 de agosto, o primeiro posicionamento da Guamá foi de apoio às comunidades que estavam na manifestação, pois a empresa comunicou ser contra lixões e favorável a soluções que atendam às determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

"Diferente de lixões, o Aterro Sanitário de Marituba, além de contribuir com o meio ambiente, apresentando solução para a destinação de resíduos, gera riquezas através do pagamento de impostos e taxas ao governo e de empregos para região metropolitana de Belém", disse a Guamá por nota. Diariamente, o aterro em Marituba recebe cerca de 1,3 toneladas de resíduos.

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