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Grupo paraense pede doações para fortalecer proteção a profissionais de saúde

Grupo Solidariedade pretende arrecadar doações em dinheiro, materiais ou insumos para compra ou produção de EPIs no estado

Cleide Magalhães

Mais de 12% dos infectados pelo novo coronavírus (covid-19) na Espanha, no continente Europeu, são os profissionais de saúde. Eles ficam logo atrás dos grupos de riscos no país. Os dados geram preocupação também nos profissionais no Pará, que estão na linha de frente de combate à doença, uma vez que Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) não são suficientes para atendê-los. Inclusive, para venda, os produtos estão em falta no mundo todo, até em Belém. 

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Produção e doações

Na semana passada, o próprio grupo - formado, até agora, por cerca de 30 profissionais da saúde e outras áreas de universidades públicas e privadas, como médicos, fisioterapeutas, universitários, advogados, biotecnólogos, engenheiros, arquitetos e outros - fez as primeiras produções e doações.

Mas eles precisam recomeçar a produção, e dependem de ajuda. Elas podem ser em dinheiro ou de materiais, como: tecidos, elástico, linha, látex, polipropileno e outros. Além de voluntários, principalmente costureiras.

A professora-doutra Marília Brasil Xavier, infectologista e dermatologista, que é porta-voz do Grupo de Solidariedade aos Profissionais de Saúde, explica que os profissionais começaram a ficar preocupados com a situação porque sabiam que os materiais iam faltar para os profissionais, já que o mundo inteiro não estava preparado para lidar com a pandemia, vista por ela como "assustadora".

"Se os profissionais de saúde forem contaminados, vão ter que entrar em quarentena e quem vai atender aos pacientes?", questiona Marília.

Em apenas uma semana, já foram produzidos dois mil aventais, duas mil máscaras e duzentos face shield de acetato. Este é um equipamento de proteção individual seguro, de dupla proteção, que evita o contato com gotículas, salivas e fluídos nasais que possam atingir o rosto, o nariz, a boca e os olhos.

Ainda nesta semana, o grupo prepara macacões e roupas cirúrgicas. Já criou os protótipos e completou o trabalho nas dez primeiras caixas de intubação, em acrílico e sofisticadas para hospitais, para facilitar o movimento do profissional ao paciente, evitando exposição e contaminação do novo coronavírus. Os profissionais elaboram também novas tecnologias para reciclagens. 

Para as próximas três semanas, Marília Brasil destaca que a meta do grupo é produzir 50 caixas de proteção para intubação. E, por semana, a finalidade é produzir dois mil aventais, duas mil máscaras, dois mil gorros, 50 roupas cirúrgicas para uso em hospital e duzentos face shield. O grupo atua também com psicólogos e psiquiatras em plataforma de mensagem e apoio emocional aos profissionais de saúde.

"Nesta semana, vamos completar dez caixas de intubação e a distribuição será aos hospitais públicos, como Santa Casa, e à Atenção Primária de Saúde. Estamos cobrindo Belém e ao redor, mas estamos orientando grupos do interior do Pará à produção e a expectativa é que a rede cresça para atender mais pessoas.  Precisamos muito de apoio da sociedade para continuarmos na produção dos materiais e ajudar nossos profissionais nessa luta", frisa a porta-voz.

Ainda segundo a professora-doutora, a projeção do pico da covid-19 no Pará vai bater na última semana de abril e começo de maio. E o grupo quer avançar na produção. "Mas precisamos dessas doações e de voluntários, como costureiras", solicita a porta-voz do Grupo de Solidariedade aos Profissionais de Saúde, que se mobiliza e se reúne de forma virtual, já que o Pará está em isolamento social para tentar evitar a doença", reitera.

Como ajudar na campanha? 

Para ajudar na campanha de doações para compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para profissionais de saúde para atendimento na pandemia da Covid-19 contacte pelo telefone/WhatsApp: 91 98444 0032. Ao final, será enviado aos doadores notas de compras e serviços. 

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