Círio 2022: Grupo de romeiros anda de Barcarena até Belém pelo Círio de Nazaré

“Quando nossas forças acabam, quando os nossos pés não dão mais conta, é ela que nos sustenta, é a fé que nos dá força”, relatou Rafael Moreira, integrante do grupo Caminhando com Maria, que há seis anos saí de Barcarena com destino a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém. Uma demonstração de fé, gratidão e devoção nos mais de 35 km que separam o município do nordeste paraense da capital. 

Rafael Moreira tem 22 anos e é estudante de engenharia. Ele está no grupo desde a sua primeira edição, em 2016. O barcarenense explicou que o amor, o alento e o acolhimento que a Nossa Senhora proporciona aos fiéis, os incentiva a fazer parte da caminhada. 

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Caminhando com Maria surgiu de forma despretensiosa, com a fé de dois barcarenenses, Gilberto Gratão e Maricea Checon, que fizeram o percurso pela primeira vez em 2014. Oficialmente, o grupo existe desde 2016, quando mais pessoas começaram a participar e, desde então, a procissão só foi crescendo.  

São mais de 30 km de percurso, que começa na quinta-feira do Círio e termina na sexta-feira, com uma parada na comunidade do Arapari, para fazer a travessia de balsa. Em Belém, eles saem de um porto localizado na Av. Bernardo Sayão, no bairro da Condor, e caminham até a Basílica de Nazaré. Ao todo, são 12 horas caminhando para chegar ao destino final. 

Fazer o percurso requer muito mais do que o preparo físico. Para Paulo e Rafael, o espírito fortalecido e a fé em Maria são mais importantes, porque só assim eles conseguem superar todas as dores. 

“A nossa maior preparação é espiritual. Emanados de Nossa Senhora, é ela que nos dá força para completar o percurso. Terminar o trajeto não é fácil, são 12 horas de caminhada, mas com muita oração, canto e com muita esperança no coração nós conseguimos”, destacou Paulo. 

Vai ter Círio de novo

O Círio, uma das maiores festas religiosas do mundo, retorna  às ruas de Belém com as tradicionais procissões após dois anos de hiato por conta da pandemia da covid-19. Mesmo nos últimos dois anos, quando a organização da festa precisou suspender a festa, o povo foi às ruas com as infinitas homenagens e demonstrações de fé e devoção àquela que é conhecida como a rainha da Amazônia. 

O amor, esperança, fé e gratidão a Nossa Senhora de Nazaré supera qualquer obstáculo e faz com que milhares de pessoas se doem e se superam para demonstrar a sua devoção à Rainha da Amazônia. 

“Minha relação com Nossa Senhora de Nazaré é de gratidão, de amor e de um afeto que nós, que somos romeiros, não conseguimos explicar, ainda que nós façamos tudo, ainda assim não é nada. E eu agradeço muito a ela e principalmente a pessoa que ela carrega nos braços, que é Jesus Cristo”, concluiu Rafael Moreira.