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Gosto pelo café faz aumentar o número de cafeterias em Castanhal

Segundo a Associação Brasileira de Indústria de Café (ABIC), 95% da população brasileira consome café seja dentro de casa, em cafeterias, padarias, lanchonetes e outros estabelecimentos

Patrícia Baía

O final de tarde se aproxima e com ele também aquele momento especial de tomar o tão amado café da tarde. Quem não ama esse habito tão bom de saborear um cafezinho acompanhado de uma tapioquinha ou simplesmente com um pãozinho francês com manteiga que acabou de chegar da padaria?

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Sendo assim, o Brasil aparece em segundo lugar no ranking mundial de países consumidores da bebida, de acordo com a Organização Internacional do Café (OIC), ficando atrás apenas dos EUA.

E mesmo em meio à paralisação geral do comércio devido a pandemia, em 2020, a bebida mais querida do Brasil não deixou de ser consumida. O consumo de café aumentou 35% durante a pandemia, segundo a ABIC.

E foi nessa época que muitos empreendedores resolveram investir no ramo das cafeterias. Como o caso da Maria Silva, que largou 21 anos de magistério pra abrir uma cafeteria em casa mesmo, a Maria Lili. “Eu sempre tive essa vontade e já trabalhava com café cremoso delivery e com a pandemia em casa eu adoeci de ansiedade e refleti sobre a minha vida e percebi que eu não estava mais feliz como professora. E em junho de 2021 fiz uma viagem para Minas Gerais de carro com meu esposo, filha e cunhada e foi então que surgiu a ideia da cafeteria e aproveitamos para visitar várias cafeterias e voltamos com um direcionamento na cabeça de como queríamos e fomos só aperfeiçoando essa ideia quando voltamos para Castanhal”. Contou.

A empreendedora também buscou ampliar conhecimentos e fez curso de contabilidade, de como fazer café, marketing e procurou também ajuda do Sebrae. E na primeira semana o local começou a ficar lotado porque a notícia da “cafeteria diferente” se espalhou. “A gente não conseguia mais atender direito e tivemos que chamar mais pessoas para trabalhar”, contou.

Os mais pedidos da Maria Lili, além do café é claro, são o bolo de laranja e o de cenoura com chocolate.

Além da Maria Lili outras cafeterias tem feito sucesso no município e todas elas tem algo em comum, além da boa comida e do atendimento diferenciado. É a simplicidade com um pequeno toque de modernidade. “Eu acho que essa é a pegada. São simples, com área aberta e a gente se sente como se estivesse em casa, mas não estamos”, disse o servidor público, Advaldo Lameira.

Outro local que vem conquistando a preferência dos clientes é a Container Cafeteria. Pelo nome já dá para saber que ela funciona em um container. O local é tocado pelo casal, de Belém, Roberto Castanheira e Gisele Freire que veio para Castanhal no período da pandemia. “Quando chegamos aqui percebemos que tinha essa carência em cafeteria e decidimos empreender e usar essa estrutura de um container por ser muito mais segura e é bem melhor do que alugar um imóvel, pois sairia muito mais caro”, contou o chefe e barista Roberto Castanheira.

A cafeteria fica localizada em uma pequena praça as margens da BR 316, afastada do Centro do município. O cardápio é caprichado e os mais pedidos são o pão de queijo e o browner de chocolate. “Este está se tornando um dos meus locais preferidos. Calmo, bonito e tudo é muito gostoso”, disse o jornalista Marcelo Filho.

Samba com café

A empreendedora Mary Shybayama é a proprietária do Café Samba House, uma das mais antigas cafeterias de Castanhal, que funciona na casa da proprietária. “Antigamente aqui era a nossa casa de samba”, disse.

A cafeteria surgio por causa do “vício” do marido por café. “Ele sempre foi apaixonado pelo meu café e sempre me pedia e os amigos que ficavam aqui por casa também queriam beber toda hora. Foi então que decidimos abrir a cafeteria, que começou pequena. E hoje já ocupa a casa toda”, contou Mary Shibayama.

E qual o segredo do sucesso? “Eu acho que é simplicidade do local ao ar livre e um preço justo com um cardápio de muita qualidade”, disse a proprietária.

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