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Golpes em redes sociais: saiba como não cair em fraudes

Especialista diz que redes sociais, como o Instagram, estão mais vulneráveis aos hackers

Camila Guimarães

Com cada vez mais frequência, as redes sociais têm sido alvo de hackers que invadem perfis e passam a aplicar golpes usando o nome das próprias vítimas. Foi o que aconteceu na última terça-feira (2) com a conta profissional de uma designer de unhas, que teve um prejuízo de pelo menos R$ 3 mil. No ano passado, 4 milhões de casos como esses aconteceram no Brasil.

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Roberto conta que, felizmente, muitos dos seus seguidores na conta profissional reconheceram pelas publicações que se tratava de um golpe e nenhum chegou a ter prejuízo financeiro. Parte disso se deve ao fato de que Roberto tomou providências rápidas para avisar ao maior número de pessoas possível que ele havia sido hackeado. Entretanto, amargou alguns danos.

Eu perdi os seguidores que eu tinha conquistado até aquele momento. Também tive medo de a minha imagem ficar manchada. Quando a gente fala em rede social, muita gente ainda faz pouco caso, mas, hoje em dia ela é fonte de renda. Eu demorei muito tempo para recuperar os seguidores e meu engajamento depois daquilo”, lamenta.

José orienta que o público fique atento às sazonalidades de alguns golpes. Ele conta que, em períodos de compras, como o Natal, por exemplo, golpes comuns são praticados em forma de promoções, enquanto que, em épocas de baixa econômica, golpes com propostas de emprego e salários irreais aparecem com mais frequência.

Apesar de toda fraude ser uma situação desconfortável de lidar, o especialista afirma que, em se tratando de redes sociais, a perda pode ser irreparável: “Geralmente é possível recuperar o número do telefone entrando em contato com a operadora, mas uma rede social a gente dificilmente consegue recuperar e os criminosos ainda ficam por mais tempo com aquele acesso e podem fazer várias vítimas. Além disso, o suporte das redes sociais é um atendimento mais demorado e lento”.

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Fonteles explica que as redes sociais também são mais vulneráveis aos hackers, uma vez que permanecem constantemente abertas, com login e senha salvos, aumentando as chances dos criminosos virtuais conseguirem entrar. “É diferente do aplicativo de banco, por exemplo, que não fica aberto o tempo todo e tem mais camadas de segurança, seja uma senha ou uma identificação por digital”, compara.

Como se prevenir de hackers

O especialista orienta que investir em softwares de antivírus é uma das principais formas de evitar golpes de hackers na internet. Os programas podem ser comprados e instalados tanto no computador quanto no celular. José avalia que é um investimento que vale à pena: “Hoje em dia eles são mais baratos que antes. Eles identificam os vírus maliciosos e acabam ajudando a pessoa quando ela clica em algum link, porque o programa vai alertar se aquilo é uma ameaça”, explica.

José Fonteles deixa outras dicas para aumentar a segurança de usuários na internet:

  • Suspeitar de links grandes com caracteres diferentes;
  • Checar o domínio (endereço) de sites conhecidos, não confiando apenas na aparência da página;
  • Estranhar mensagens de empresas com erros de digitação (pontuação e gramática);
  • Evitar usar senhas previsíveis, com nomes e números relacionados à vida pessoal (pessoa próximas, RG, CPF, número da casa).

Já no caso de alguém ter caído em um golpe, o especialista orienta:

  • Registrar a ocorrência em delegacia;
  • Avisar às pessoas que foi hackeado o mais rápido e publicamente possível;
  • Entrar em contato com a operadora do celular e resgatar seu número, se for o caso;
  • Entrar em contato com o suporte da rede social.

Confira os canais de denúncia:

Crimes virtuais podem ser denunciados na Delegacia Virtual e também por meio da Divisão de Combate a Crimes Cibernéticos:

Telefone: (91) 98568-6361 / (91) 98568-2386 

Email: dcep@policiacivil.pa.gov.br

Endereço: Av. Pedro Miranda, 2288, entre Perebebuí e Passagem D'Hotel - Pedreira -  Belém (PA)

Funcionamento: 8h às 18h

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