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Golfinho é encontrado morto em praia de Salinópolis

Suspeita é de que o animal tenha sido pego acidentalmente por uma rede de pesca

Saul Anjos
fonte

Um golfinho, também conhecido como boto-cinza, foi encontrado morto, na manhã desta terça-feira (13), na Praia do Farol Velho, em Salinópolis, no nordeste do Pará. Renata Emin, que é doutora em Ciências e faz parte da Organização Não-Governamental (ONG) Instituto Bicho D'água, conta que a suspeita é de que o animal – da espécie Sotalia guianensis - tenha sido pego acidentalmente por uma rede de pesca. Testemunhas relataram que avistaram o mamífero por volta das 8h e acionaram o Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA) para fazer o resgate. O trabalho dos militares foi realizado em conjunto com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) do município.

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Segundo a especialista, é comum o encontro desse tipo de mamífero nas regiões costeiras do Estado e, inclusive, de outras partes do país. “Essa espécie é muito comum na costa do Brasil desde o Amapá até Santa Catarina. Eles vivem em grupo numa parte rasa da costa e costumam passar anos residindo numa mesma baía. Além disso, se alimentam de peixes que costumam andar nas áreas onde ficam as redes de pesca”, afirmou Renata.

“Por conta disso, esses mamíferos estão mais suscetíveis a esse tipo de acidente. Nesses casos, eles costumam morrer afogados, por não conseguirem subir à superfície para respirar, ou pelo estresse causado por essa rede”, continuou. Emin informou que uma equipe de médicos veterinários do Instituto Bicho D'água, que tem parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi e a Universidade Federal do Pará (UFPA), em Castanhal, se deslocaram ao local para avaliar o animal.

“Nossa equipe se encaminhou ao local para coletar amostras e avaliá-lo. Nesse caso, o animal está bastante fresco e aparenta ter morrido há pouco tempo. Isso nos dá possibilidade da realização do exame de necropsia e estudá-lo. Esse animal tem algumas marcas no corpo que parecem ser ferimentos feitos por rede de pesca. Mas ainda vamos analisar com detalhes para concluirmos um laudo definitivo. Mesmo assim, em qualquer caso de encontro de animal, a população precisa entrar em contato com os institutos de pesquisa ou órgãos de pesquisa para que as devidas providências sejam tomadas”, pontuou a doutora.

A professora Daniele Santos, de 30 anos, viu de perto o golfinho. Ela contou à reportagem que a maré alta levou o animal para a praia. “Os bombeiros nos disseram que ele (golfinho) morreu por causas naturais ou afogamento. Um dos militares disse que essa foi a primeira vez que viram um golfinho no Farol Velho. Ele (mamífero) não tinha nenhum ferimento, era um filhote. As crianças ficaram surpresas ao verem o golfinho, mas tristes por ele estar morto”, relatou. 

A redação integrada de O Liberal solicitou um posicionamento do caso ao CBMPA e aguarda retorno. Em nota, a Polícia Civil informou que, até o momento, o caso não foi registrado na delegacia que atende a área. A PC reforçou a importância do registro para que o caso seja devidamente investigado.

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