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Fuga de pets atormentam os tutores de animais de estimação; saiba como evitar

Os apelos se multiplicaram nas redes sociais e algumas estratégias podem ser usadas para evitar o problema

Patrícia Baía

cachorrinha Bebê, da raça poodle, de um ano de idade, sumiu de casa no dia 12 de março e passou cinco dias longe do seu tutor, o cabelereiro Alan Andrade. Os dias sem a Bebê foram de muito desespero e sofrimento para o tutor que mobilizou amigos per meio das redes sociais para localizar a cachorrinha. “Ela sumiu na tarde de domingo. Foi tudo muito rápido e ela aproveitou que deixaram a porta aberta para sair correndo. Eu quase morri de tristeza e não estava mais comendo e nem trabalhando. Eu só chorava e agradeço aos meus amigos que compartilharam a foto dela nas suas redes sociais”, contou o tutor.

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A empresária Fernanda Magalhães é tutora de dois cachorros. A mais nova é a Bela um Coker Spaniel de nove meses. A tutora mora em um condomínio fechado e a cachorrinha adora sair correndo e já se perdeu diversas vezes. A tutora conta que muitos moradores já reclamaram da Luna que em suas fugas acaba entrando em outras residências do condomínio. “Para evitar dor de cabeça a gente passou a deixar ela mais presa dentro de casa ou com a coleira presa em um corda bem grande, no pátio, onde ela consegue se movimentar bastante, mas não acessa a rua. Mas o que facilitou mesmo a localização dela quando consegue escapar é um pec localizador da Apple chamado AirTag que fica em um chaveiro e que prendemos na coleira e todas as vezes que ela some a gente consegue rastrear por meio do celular e basta acionar o pec pelo celular e emite um sinal que ela já entendeu que é para voltar para casa”, contou a tutora.

A veterinária Andréia Piwtorak dá algumas dicas para que os pets não fujam de casa, como por exemplo o adestramento. “A forma mais acessível e menos onerosa é a educação (adestramento caseiro). Ensinar desde a aquisição do pet, comandos que ele reconheça e obedeça, adaptá-lo a rotina da família e da casa: abertura de portões, passeios de carro com cinto de segurança próprio para pet, andar na guia, usar coleira, obedecer o sim e o não. Os passeios rotineiros são uma ótima forma de treinar muitos desses mecanismos. A rotina do passeio diminui a curiosidade do pet por já saber o que tem após aquele portão fechado” , explicou.

Microchipagem

Um serviço que cresce no país é o de microchipagem dos pets e que é um aliado na identificação do animal. “Se mesmo com todo o cuidado ocorrer a perda do pet, tem a opção das coleiras com QR code como a Pinn Pet, que é só apontar a câmera e é direcionado para a página onde estão os dados, são de fácil acesso a quem o encontrar e facilita o contato e a identificação, No entanto, a microchipagem tem se demonstrado eficiente e segura, por ser um sistema intransferível, que é injetado em um local especifico no pet, com um código único e com a função de armazenar dados relacionados ao seu histórico: família, vacinas, fotos, alimentação, endereço. A aplicação pode ser realizada a partir de 45 dias de vida e é quase indolor, assemelha-se a aplicação de uma vacina, mas por ser um microchip implantando abaixo da pele, não pode ser removido sem técnicas cirúrgicas e anestésicas, o que faz com a veracidade das informações se mantenham invioláveis”, explicou a veterinária.

A microchipagem não é GPS, não tem o objetivo de rastrear onde o pet está. É um RG (registro geral) virtual com a função de atestar a identidade do pet, de comprovar que ele pertence àquela pessoa, pois muitas raças são idênticas na pelagem, porte, estrutura e muitos pets se afeiçoam a quem os encontra. “Por sua confiabilidade, o microchip é um item obrigatório para a entrada de pets em alguns países como Portugal, Japão, EUA e Bélgica”, explicou Andréia Piwtorak.

Motivos que levam o animal à fuga

Tédio: quando não conseguem gastar toda energia que têm, cães tendem a ficar mais ansiosos. Isso pode estimulá-los a explorar o mundo além dos limites que ele conhece.
Necessidade de caça: alguns cães podem ter seu instinto de caça muito aguçado. Se isso se somar a uma personalidade exploradora, ele pode querer sair em busca de aventura.

Maus-tratos: sofrer algum tipo de violência pode estimular um desejo de fuga, mesmo que essas agressões não venham de seu dono.

Cio: machos podem farejar nas proximidades alguma fêmea no cio e sentir o impulso de ir atrás dela.

Território: o instinto natural de muitos cães é de ter o maior território possível. Assim, sentem-se muitas vezes impulsionados a sair a ampliar esse espaço.

Curiosidade: busca por novos alimentos, descobrir novos companheiros ou mesmo rivais, explorar territórios. A curiosidade é outro aspecto natural dos cães e um fator que os leva a querer ir além dos seus limites.

Mudança: ao chegar a uma casa nova ele pode sentir impulso de sair à procura da casa antiga.

O que fazer para evitar

Adestramento

O adestramento é uma ferramenta importantíssima para o bom relacionamento entre o pet e o seu dono, pois, além de facilitar a comunicação, fará com que o cão saiba o que pode ou não fazer.

Limites

Ensinar ao seu cãozinho que não deve sair pelo portão sem a sua autorização é um limite que pode salvá-lo de acidentes, que podem custar a vida dele. Para isso, é necessário paciência e muita dedicação, porém, o resultado final valerá a pena.

Plaquinha de identificação

A plaquinha de identificação é indispensável para a segurança do pet e todos os animais de estimação devem ter uma que contenha um telefone para contato. Caso o cão fuja e seja encontrado por alguém, será mais fácil devolver o pet para a sua família.

Deixar a residência mais segura

Colocar telas e grades para evitar que o animal fuja é imprenscindível para garantir a sua segurança. 

Serviço

Andreia Piwtorak -Médica Veterinária CRMV-PA 3244. Especializada em Clínica e Cirurgia e Odontologia Veterinária em Pequenos Animais. Redes sociais @sweetpets24h @odontovetcastanhal

Pará