Filhotes de onça-parda resgatados no Pará são levados a centro para reintrodução na natureza
Os animais foram encontrados em Itaituba, sudoeste paraense, no dia 24 de junho, por trabalhadores de empresa portuária da região

Dois filhotes de onça-parda (Puma concolor), resgatados em Itaituba, Pará, foram levados a Belém para tratamento e adaptação em centro especializado. Os animais, uma fêmea e um macho, passarão por processos de reintrodução na natureza até estarem aptos para o retorno ao habitat natural. Eles foram encontrados no dia 24 de junho.
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A Polícia Militar de Miritituba acionou o Instituto Chico Mendes (ICMBio) para resgatar um filhote de onça. Trabalhadores de uma empresa portuária acharam o animal. Ao ser pego pela equipe, ele foi identificado como fêmea e nomeado Naurú, que significa “corajosa” e “guerreira” em Tupi Guarani.
Após o resgate, a equipe recebeu a informação de que havia mais um filhote, em condições iguais. Dessa vez, o filhote de onça era macho e recebeu o nome de Piatã, que quer dizer “fortaleza” na mesma língua indígena.
Naurú e Piatã tinham cerca de dois meses de vida e, caso permanecessem no local, haveria poucas chances de sobrevivência. Em relação à mãe, não há informações, mas especula-se que tenha sido vítima de caça ou atropelamento. Eles foram levados, a princípio, ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS).
Devido às poucas condições de manutenção dos animais no local, o time do ICMBio buscou por instituições próximas que pudessem recebê-los. Assim, a mais perto foi encontrada: o Centro Amazônico de Herpetologia, em Benevides. A 40 quilômetros de Belém, o centro possui recinto de 70 metros quadrados para os animais.
Naurú e Piatã foram levados de Itaituba a Belém por avião, visto que a viagem por estrada duraria cerca de dois dias. A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) intermediou o contato do ICMBio com a companhia aérea Azul. Os filhotes já estão sob os cuidados do Centro Amazônico de Herpetologia.
(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão da coordenadora de Oliberal.com, Heloá Canali)
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