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Farmacêuticos poderão aplicar vacinas contra covid-19

Prefeituras e Governo do Estado ainda não procuraram o Conselho Regional de Farmácia para operacionalizar esse reforço

Victor Furtado

O Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicou uma resolução que permite a farmacêuticos aplicarem vacinas contra covid-19. No entanto, somente os que possuem curso de injetáveis estão aptos. Uma das ideias é que esse reforço na capacidade de imunização do Brasil possa, futuramente, ampliar. E assim, quando houver mais vacinas e os públicos-alvos forem muito maiores, seja possível ter mais postos de vacinação, mais mão de obra e menos aglomerações nos locais de imunização.

Walter Jorge da Silva João, presidente do CFF e conselheiro federal pelo Pará, explica que a decisão leva em conta o pedido da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que os países aumentem o comprometimento contra a pandemia de covid-19 com a ampliação de postos de vacinação em todo o país. "A expectativa é que, com o aumento da mão de obra dos farmacêuticos, o fluxo de vacinação seja acelerado, com possíveis novos pontos, aumentando assim o ritmo do processo de imunização", disse.

Por enquanto, nem a Prefeitura de Belém (como uma amostra entre os municípios) e nem o governo do Pará procuraram o Conselho Regional de Farmácia para operacionalizar essa parceria com os farmacêuticos. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) só reforçou que a campanha de imunização é responsabilidade de estados e municípios. Já a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) informou que a resolução está sendo analisada. o CRF-PA garante que está com diálogo aberto com os gestores públicos.

A autorização recente é apenas voltada à campanha de imunização contra covid-19. A participação de farmacêuticos nas demais campanhas de vacinação segue resolução própria (654/2018). "Com certeza a inserção do farmacêutico na aplicação da vacina nasceu justamente com o intuito de acelerar o processo de imunização, tanto no estado quanto no país", reforçou Walter.

"Nem prefeituras, nem Estado nos procuraram ainda para ter apoio do Conselho Regional de Farmácia. Com certeza a inserção do farmacêutico na aplicação da vacina nasceu justamente com o intuito de acelerar o processo de imunização, tanto no estado quanto no país", reforçou Walter Silva, presidente do CFF

Imunização de farmacêuticos contra covid-19


O CRF-PA e o CFF enviaram ofício ao Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) para que fosse fiscalizado o cronograma e o plano de imunização do Pará. Pelo levantamento dos conselhos, os farmacêuticos que atuam no estado não estão recebendo imunização, conforme diretriz do Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. Isso permitiria que os farmacêuticos que atuam em farmácias, drogarias e laboratórios recebesse proteção contra a covid-19.

"É preciso o apoio da promotoria para que essa determinação seja respeitada pelos órgãos responsáveis pela vacinação. A vacinação dos farmacêuticos só traz benefícios à sociedade, pois vai garantir a segurança de quem está na ponta pela saúde pública", concluiu Walter. A Corregedoria-Geral do MPPA recomendou (recomendação 006/2021) que todos os promotores fiquem atentos ao cumprimento dessa imunização nas prefeituras, seguindo a ordem de grupos prioritários estabelecida no PNI.

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