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Família vive angústia ao sepultar bebê 'errado' após parto no Pará; criança desapareceu

O caso aconteceu no Hospital Geral de Parauapebas (HGP), no sudeste paraense

O Liberal

Uma família de Parauapebas, no sudeste do Pará, tem vivido dias angustiantes por não saber o paradeiro de um bebê prematuro de sete meses, ao qual a mãe deu à luz na noite do último domingo (4), no Hospital Geral daquele município. A família afirma que foi informada sobre a morte do bebê depois que o coração dele parou por falta de oxigênio, como teriam explicado os médicos.

O enterro chegou a ser feito na segunda-feira (5), mas depois a família descobriu que, na verdade, havia sepultado uma menina, cuja mãe é natural de Eldorado dos Carajás e também deu entrada no domingo para ter um casal de gêmeos – a menina teria morrido em decorrência de complicações no parto, e o menino sobreviveu. A troca dos bebês teria sido informada pela funerária responsável pelos corpos, após o sepultamento. O caso está sendo investigado, sob sigilo, pela Polícia Civil do Pará. A Secretaria Municipal de Saúde de Parauapebas informou que os servidores envolvidos já foram identificados e afastados.

Em entrevista à TV Liberal, Débora Barata, mãe do bebê prematuro de sete meses, disse que ainda procura pelo filho, e não sabe se ele está vivo ou morto. “Eu estou procurando meu filho, porque eu não sei se enterraram, se ainda está no hospital. Se está vivo. Enterramos outro bebezinho e o meu eu não sei. Eu sei que eu saí de lá e eles falaram que o coraçãozinho dele tinha parado”, afirmou.

Débora relembrou que deu entrada no Hospital Geral de Parauapebas (HGP) com fortes dores. A gravidez dela era considera de risco. “Comecei a ter contrações pela noite. Fui para o HGP, com muita dor. De onze e meia para meia-noite, eu tive ele”, contou. Após o parto, os médicos teriam dito que o bebê não iria resistir, pois “o coração dele ia parar por falta de oxigênio”, acrescentou Débora.

A mulher havia pedido fotos do momento do sepultamento, quando veio a surpresa. “Minha sogra pediu para abrir o caixão, tirou foto e mandou. Meu irmão também mandou. Quando ele chegou de lá (do enterro) que ele foi no hospital, ele falou: “Débora, eu achei muito grande o neném. Achei diferente”.

“Umas cinco horas (da tarde de segunda-feira), o pessoal (da funerária) ligou perguntando se estávamos sabendo da confusão que estava tendo. Meu marido disse que não”, continuou Débora. De acordo com ela, foi neste momento que a funerária teria informado: “O bebê que vocês enterraram não foi o seu”.

A bebê sepultada era uma menina. A família foi informada, através da funerária responsável pelos corpos, de que os bebês haviam sido trocados ainda no hospital.

Família de gêmeos também busca respostas

Ao perfil Informa Parauapebas, a tia do casal de gêmeos relatou que a irmã “começou a sangrar intensamente” na noite de domingo (4/6), o que obrigou a família a procurar o Hospital Geral de Parauapebas. Na unidade de saúde, a irmã contou que “foi forçado o parto normal, com ambas as crianças ainda vivas”, já na madrugada de segunda-feira (5).

Os familiares disseram ao Informa Parauapebas que o primeiro bebê nasceu em parto normal, porém o segundo estava em “posição atravessada”, o que fez com que os médicos realizassem manobras para tentar um parto normal. A situação teria se agravado quando a gestante demonstrou sinais de exaustão. Por conta disso, a equipe médica optou por uma cesariana – parto cirúrgico.

Depois disso, a família foi comunicada, conforme o Informa Parauapebas, que a segunda criança tinha morrido. “Minha irmã (gestante) viu o médico saindo com o bebê e, desde então, não voltou mais. Fomos informados de que o bebê havia falecido. Pedimos o corpo para realizar o enterro, mas até agora não temos qualquer informação sobre seu paradeiro”, lamentou a irmã.

“Só queremos uma explicação. Como é possível que um corpo desapareça de um hospital? Sempre que perguntamos, eles dizem que não sabem”, desabafou a mulher.

A reportagem de O Liberal acionou a Polícia Civil do Pará para apurar mais informações sobre o caso. Em nota, a PC informou que “o caso é investigado sob sigilo pela Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca) de Parauapebas. Os envolvidos serão ouvidos e diligências são realizadas para apurar os fatos”.

Já a Secretaria Municipal de Saúde de Parauapebas comunicou que “solicitou abertura de sindicância para apurar os fatos ocorridos na maternidade do Hospital Geral de Parauapebas (HGP), no último domingo, 4, envolvendo os natimortos das pacientes DBV e LGP”.

“A gestão municipal informa que os servidores envolvidos já foram identificados e afastados momentaneamente e reafirma seu compromisso com a transparência e prestará todas as informações necessárias às autoridades competentes e apoio aos familiares”, informou a secretaria.

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Pará
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