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Em Rondon do Pará, mulheres vencem desafios para conciliar profissão com obrigações diárias

Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), no ano de 2022, havia cerca de 290 mil Microempreendedores Individuais (MEI), desses, 45% são mulheres, uma média de 131 mil empreendedoras do sexo feminino

Fernanda Soares, Heloísa Serrão, Kennidi Júnior/ especial para O Liberal

O empreendedorismo de forma geral é uma maneira de gerar renda, buscando formas de suprir necessidades com estratégias inovadoras.

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Carla Souza, que empreende há mais de 19 anos em lanche na chapa, ressalta as dificuldades e a falta de um olhar do poder público do município. “Pra nós que trabalhamos aqui na Praça, principalmente no inverno, a gente praticamente não trabalha, ou se você tiver como trabalhar no delivery você faz alguma coisa, mas no inverno você não pode colocar uma cobertura adequada, porque não pode ter nada na Praça. Você tem que usar sabedoria pra ganhar alguma coisa. No inverno, a gente praticamente não trabalha, e se eles tivessem esse olhar para nós comerciantes, porque cada ponto desse é uma família que depende, então a gente precisa desse olhar mais especial pra gente, porque toda a família precisa”, explica Souza .

Conversamos ainda com dona Sara Giroldo Quintero, colombiana, moradora de Rondon há três anos. Ela conta que chegou à cidade sem saber se comunicar com o idioma local, tinha que se comunicar através do celular para conseguir sinalizar as suas necessidades. Dona Sara, que em seu país trabalhava com comida desde cedo, exerce a profissão aqui apenas há dois meses. “No meu país trabalhei com comida a vida toda, mas aqui só tem dois meses. Só que aqui o movimento não é muito grande, é mais ou menos. Daí temos que experimentar com poucas coisas, aí se o movimento for maior, faremos mais coisas, mas, por enquanto, só hot dog”, explica. Quando perguntada sobre a sua opinião em relação ao papel da mulher empreendedora, ela diz: “Eu amo muito as mulheres que trabalham. No meu país eu fui uma mulher que gostava de trabalhar, eu gosto das mulheres que são independentes, que não dependem do marido e buscam trabalhar sozinha e tocar a família pra frente. Eu amo mulher assim e falo porque estou toda vida trabalhando”, ressaltou.

Por este parâmetro, observa-se que o empreendedorismo feminino é tão importante e necessário, apesar da romantização do mesmo. A maioria dos microempreendedores, principalmente as mulheres, recorre a este novo método de geração de renda quando se encontra em vulnerabilidade financeira.

No cenário de Rondon do Pará, é notório a importância do empreendedorismo na vida das mulheres rondonienses, que apesar das dificuldades de permanecer empreendendo, sem apoio da parte governamental do município, continuam seu trabalho da melhor forma possível.

( Fernanda Soares, Heloísa Serrão, Kennidi Júnior; discentes da turma de 2020 de Jornalismo da Unifesspa com edição da profª Karolina Calado)

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