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Em Castanhal, menina quebra cofrinho e vende roupas para dar de comer a famílias pobres

Estudante Jamilly dá exemplo de solidariedade para quem padece na pandemia

O Liberal

Aos seis anos de idade, a menina Jamilly Gabriela Marques de Lima, no Município de Castanhal, tomou conhecimento da situação econômica de famílias a partir da pandemia covid-19 e não teve dúvida: quebrou o cofrinho em que juntava dinheiro para comprar uma Casa da Barbie no Dia da Criança (12), vendeu umas roupas dela e repassou o montante para ajudar a comprar comida e produtos de limpeza para quem está bem necessitado neste momento. Ao todo conseguiu juntar R$ 370, e os itens já foram entregues na escola frequentada por Jamilly.

Tão logo foi informada pela professora sobre famílias que passam fome e que a escola estaria arrecadando alimentos para atendê-las, Jamilly renunciou ao sonho e pegou as economias do cofrinho que seriam utilizadas para comprar o brinquedo e usou os R$ 220 para comprar alimentos não perecíveis. A família da menina tinha o cofrinho para tentar juntar cerca de R$ 1.500.

Caminhoneiro, o pai de Jamilly sempre volta das viagens trazendo as moedas de troco, o que era sempre esperado ansiosamente pela garotinha. A estudante tomou a decisão e foi dormir. A mãe da menina, Keila Marques de Lima, contou que Jamilly "já acordou com outro plano todo feito e só me comunicou”. conta a mãe, Keila Marques de Lima.

Como a quantia que tinha no cofre não era expressiva, Jamilly disse à dona Keila que iria vender as próprias roupas em um bazar, deixando a genitora surpresa.

“Eu compro roupas e brinquedos usados para ela, porque a gente também não tem tantas condições e ela compreende isso. Então, foi engraçado notar que ela viu que as roupas dela poderiam também ser vendidas, para serem usadas para comprar comida para os idosos, que é o local onde a escola vai entregar as doações”, ressaltou Keila. O fruto dessa atitude - R$ 150 - mais uma vez foi doado integralmente em forma de alimentos.

Proatividade

A campanha realizada pela Escola Adventista de Castanhal destina as doações para a Casa da Fraternidade. Essa instituição atende pessoas idosas e sobrevive graças a doações da comunidade. Como destaca Marlem Daiana, diretora da escola, a proatividade da garota foi surpreendente porque foi orientado que os alunos trouxessem 1 kg de alimento. “Você imagina a surpresa que ficamos quando a mãe contou que ela abriu mão do sonho de menina, das roupinhas especiais, porque ficou comovida em saber que existem pessoas passando necessidade”, contou.

Mobilização

Durante todo o mês de setembro, as 500 unidades da Educação Adventista no Brasil realizaram uma campanha de arrecadação de alimentos chamada "É hora de ir muito além do ensino".

A meta era doar 125 toneladas de alimentos, uma tonelada para cada ano de atuação da rede no Brasil.

Pará