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É Pará isso: a tradição indígena de celebrar a natureza com pinturas corporais

André Guajajara, embaixador do projeto "É Pará Isso" no sudeste paraense, relata as características das pinturas corporais do povo Gavião

Alan Bordallo / Especial para O Liberal

Não é à toa que uma das formas de se referir aos indígenas é como “povo da floresta”: sua cultura e seus costumes estão intimamente ligados à mata e aos animais. André Guajajara (@oguajajara), embaixador da região Sudeste do É Pará Isso, estreou seu conteúdo nas plataformas do Grupo O Liberal falando de algumas características das pinturas corporais do povo Gavião, habitantes da Terra Indígena Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins. 


Na cultura indígena, até as tintas são naturais. Bicromáticas, as pinturas são sempre em preto e vermelho. O primeiro tom é retirado do jenipapo; o segundo do urucum. Detalhe: tanto a extração da tinta como a aplicação da pintura só podem ser feitas pelas mulheres da tribo. Normalmente os indígenas se utilizam das pinturas para ocasiões especiais, sejam elas boas ou ruins: festejos, cerimônias, disputas ou até combates.

Os padrões pintados nos corpos dos guerreiros e guerreiras fazem alusão aos animais. Para o povo Gavião, as pinturas retratam aves ou peixes, e elas servem para identificar a que grupo a pessoa pintada pertence. Cada etnia ou mesmo aldeia tem suas variações nos traços e padrões que utilizam em suas pinturas. No Brasil existem mais de 300 povos indígenas. Na Terra Indígena Mãe Maria, o povo Gavião está presente em três aldeias: KrijohereKatejê, Parkatejê e Kyikatejê.

O vídeo que mostra a riqueza das pinturas corporais indígenas, foi produzido por André Guajajara (@oguajajara), um dos seis selecionadas do projeto "É Pará Isso", desenvolvido pelo Grupo O Liberal e Meta (Facebook/Instagram) e com apoio do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ), Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner). 

Durante os meses de junho e julho, seis produtores de conteúdo vão mostrar em vídeos o potencial cultural, turístico e histórias de diferentes regiões do Estado. As produções são divulgadas nas redes sociais de O Liberal (@oliberal) e estão disponíveis em OLiberal.com/e-para-isso.

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