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Dia Internacional do Gato: data celebra vida dos felinos e chama atenção para cuidados necessários

Comemoração é uma iniciativa da International Fund for Animal Welfare, com o objetivo de debater e conscientizar os donos como cuidar corretamente dos seus gatos

Daleth Oliveira

Para celebrar a vida dos felinos no Brasil, ao menos três datas são reconhecidas como “Dia Internacional do Gato”: dia 20 de fevereiro, 8 de agosto e 29 de outubro. Mas para quem é apaixonado pelo animal, todo dia é dia do gato. Como é o caso de Yara Dias e Gabriel Carvalho, advogados e pais de dois felinos, Theo e Amado.

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Há pelo menos cinco anos, o casal festeja diariamente a vida dos bichanos. O amor é tanto que, além deles cuidarem dos dois machos, eles ainda têm o hábito de resgatar animais abandonados e encaminhar para adoção. “Nós somos bem engajados com a causa animal, apoiamos iniciativas de resgate dos pets, e às vezes, nós mesmos fazemos esse trabalho voluntário até encontrar um lar responsável para eles”, conta Yara.


A adoção faz parte da vida dos dois. Theo foi adotado após ter sido encontrado no motor do carro do irmão da Yara. “Nesse caso, eu costumo dizer até que não fomos nós que o adotamos, mas sim, ele que nos adotou”, afirma Gabriel. Já Amado, também foi adotado após ter sofrido maus tratos do antigo dono. “Por causa desse histórico de abandono, Amado é mais desconfiado, não gosta da presença de pessoas estranhas, só confia em nós, que somos os donos”, explica a advogada.

Para eles, o ato de adotar gera gratidão nos felinos, sendo este o primeiro passo para ter uma boa vivência com os pets. “As pessoas até tem um pouco de preconceito em relação aos gatos, acham que eles são muito individualistas, não são carinhosos e leais. Mas isso não é verdade. Os gatos podem sim ser muito carinhosos. Eles são animais super dóceis e fáceis de conviver. O que vai tornar sua experiência boa ou ruim, é a forma que você vai receber e tratar seu pet, seja ele gato, cachorro ou papagaio. Pois tenha certeza, o animal vai retribuir o carinho dado a eles, cada um do seu jeito”, diz Yara.

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Com a adoção do primeiro gato, Theo, o casal que antes nunca tinha cuidado de um felino, precisou pesquisar e se preparar para cuidar bem do animal. Cuidados esses, tomados até hoje. “Após decidir pela adoção, paramos para primeiro entender a cuidar dele, levamos no veterinário, telamos as janelas para evitar quedas, compramos brinquedos para entretê-lo, tudo isso. Basicamente moldamos nossa vida a eles. A gente até costuma brincar que na verdade, a gente teve que se acostumar e adaptar para a vida dele, pois o gato quando chega, ele acha que ele é o dono da casa. Não é ele que mora com a gente, somos nós que moramos com ele”, brinca Gabriel.

“Tem muita gente que adota por empolgação e não está pronto para entender que vai ter obrigações com o animal. Você não pode simplesmente pegar um cachorro ou um gato e deixar na sua casa, uma vez por dia dar uma comida e se esquecer dele lá.  Não pode. É preciso cuidar, agregar o animal a sua família e proporcionar saúde e bem-estar”, complementa o advogado.

Baseado na experiência com os felinos, o casal conta sobre as vantagens da adoção. “Ter um gato é mais gostoso porque o cachorro é mais fácil dele confiar em você e te dar carinho. O gato não. Ter um gato é assumir o compromisso de dar amor, para só assim, ter amor de volta. Ele não é naturalmente submisso ao tutor, como o cachorro. Ele te vai te dar amor por retribuição. E essa troca é bacana demais. Os gatos são justos e recíprocos”, pontua Yara.

Data chama atenção aos cuidados

A data comemorada nesta segunda-feira (8) foi criada em 2002, por iniciativa da International Fund for Animal Welfare, com o objetivo de debater e conscientizar os donos como cuidar corretamente dos seus gatos. Portanto, entender os comportamentos e necessidades básicas dos felinos é um passo importante para quem deseja ser um bom dono.

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Para a veterinária Janete Gomes, é necessário desmistificar a ideia de que os gatos não precisam de cuidados. “Essa história de que gato não precisa de uma cautela especial é mito. Eles são independentes, mas no sentido de não serem carentes como os caninos. Mas eles precisam sim de atenção, carinho e principalmente de cuidado com a saúde”, informa a especialista.

Mas atenção, os cuidados devem ir além da saúde. Sobre isso, Janete deu dica do que os tutores devem fazer ao adotar um bichano. “Os felinos têm um temperamento forte, então primeiro, respeite o temperamento dele. Não é a hora que você quer brincar e dar carinho, é no tempo dele. Segundo, de dia, os felinos querem dormir, então aproveite a noite para brincar com eles, que é o turno em que eles estão mais ativos. Por último, brinque muito com ele para evitar o sedentarismo”, pontua.

A médica explica ainda que gatos, assim como os cachorros, precisam tomar banho, visitar veterinários, receber vacinas e vermífugos regularmente. “Outro mito é que o gato não pode tomar banho. Mas ele não apenas pode, como deve. O essencial é que tomem uma vez ao mês para evitar problemas na pelagem, além de manter os pêlos mais bonitos. É bom acostumar os gatos a tomarem banho desde filhotes, que podem tomar a partir dos dois meses de vida. Além do banho, é importante vacinar e vermifugar os gatos. Parece que os tutores de caninos se preocupam mais que os felinos. Mas os gatos também precisam de vacinação”, explica Janete.

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No dia-a-dia, os tutores devem ter cautela também com a higiene dos gatos. “A areia deve ser trocada diariamente para evitar a contaminação por toxoplasmose. Sabemos que o felino é o hospedeiro definitivo do Toxoplasma gondii e, apesar da doença não causar problemas para a saúde dele, as fezes podem transmiti-la, por isso, a importância de manter a bandeja de areia limpa”, conta. A especialista conclui ainda que os donos não podem deixar ração disponível o tempo todo para o gato, sob o risco de atrair formigas e moscas.

O que aprendemos com os gatos?

Para Janete, podemos ser pessoas melhores se observamos e aprendermos com a personalidade dos felinos. “Nós deveríamos ser mais como os gatos. Os felinos são observadores, prestam atenção em tudo ao redor antes de tomar decisões. Eles têm autocuidado com higiene, cuidam muito de si, procuram sempre se manter limpos. Na hora de dormir, aproveitam ao máximo esse momento, algo que às vezes não conseguimos fazer por causa de tanto estresse e ansiedade da vida. Gatos também são persistentes, quando eles querem algo, não adianta repreendemos apenas uma vez, pois eles não se deixam vencer tão facilmente. Por último, os gatos percebem quando seus donos estão tristes e ficam por perto, com uma forma de ajudar. Sobre isso, às vezes tem alguém com problemas ao nosso redor e não percebemos e não ajudamos”, finaliza a veterinária.

Pará