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Dia de combate a LGBTfobia: Pará registrou mais de 180 ocorrências do crime em 2021

O Brasil é o pais que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo, apontam relatórios de observação de crimes discriminatórios

Emanuele Corrêa

Nesta terça-feira (17) a comunidade LGBTQIA+ chama atenção para a data alusiva ao combate à homofobia, lesbofobia, transfobia e outras violências contra pessoas destas comunidades. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), em 2021, de janeiro a dezembro, foram computadas 185 ocorrências de homotransfobia contra pessoas LGBTQIA+ em todo o Estado. Em 2022, entre janeiro e abril, foram registradas 36 ocorrências no Pará.

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Bárbara Pastana é presidenta do Movimento LGBTQIA+ do Pará e faz parte do Grupo de Resistência de Travestis e Transexuais da Amazônia (GRETTA). Para ela, diante dos números do Pará e do Brasil, é necessário que as leis que amparam a comunidade e criminalizam a homotransfobia, sejam de fato cumpridas.

"Enquanto presidenta do maior movimento da Região Norte organizado da população LGBTQIA+, que é aqui no estado do Pará, [falo que] nós temos grandes desafios de fazer cumprir a lei. Precisamos trabalhar sempre com o legislativo, executivo e judiciário, para que de fato sejam efetivadas. Hoje, com algumas criações de leis, podemos ainda garantir um pouco dessa resistência, dando visibilidade aos direitos da nossa população", argumentou.

"Assim como - para além da área da segurança pública - existem outras políticas públicas voltadas para a nossa população, a exemplo da saúde pública onde se tem um plano de diretrizes a serem aplicadas no SUS, mas que na prática não vemos a sua aplicabilidade. Ou seja, mais do que nunca, nosso desafio enquanto população LGBT é fazer esses direitos e políticas serem efetivos", finalizou.

A homotransfobia a Segup orienta que as vítimas desses tipos de crime procurem atendimento na delegacia especializada de Combate a Crimes Discriminatórios e Homofóbicos (DCCDH).

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