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Crescimento do Produto Interno Bruto paraense é o 6º maior do País

Com o aumento, o Estado se manteve como a principal economia da Região Norte e na 11ª posição do ranking nacional

Thiago Villarins, de Brasília

Quinze estados tiveram aumento do volume do Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 acima da média nacional, que foi de 1,8%. O Pará, com alta de 3,0%, anotou o sexto maior acréscimo, junto com o Espírito Santo (3,0%). Este é o melhor desempenho do Estado dos últimos anos. No ano de 2017, por exemplo, o Estado registrou o nono crescimento do País, mesmo a variação sendo ligeiramente superior (3,2%) e também acima da média nacional (1,3%).

Estes dois anos consecutivos de crescimento do PIB, interromperam o ritmo acelerado de queda do biênio anterior: 2015 (-0,9%) e 2016 (-4,0%). Em valores correntes, a soma de todas as riquezas produzidas no Estado foi de R$ R$ 161,349 bilhões em 2018, ante R$ 155,105 bilhões em 2017 - um acréscimo de R$ 6,244 bilhões. Com o aumento, o Estado se manteve como a principal economia da Região Norte e na 11ª posição do ranking nacional.

No geral, o Amazonas apresentou a maior alta em 2018: 5,1%. Na outra ponta da lista, Sergipe foi a única unidade da federação a perder volume do PIB, com queda de 1,8%, o quarto ano seguido negativo. Os demais 11 estados tiveram alta, mas abaixo do índice nacional. Os dados são das Contas Regionais 2018, publicadas ontem  (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)..

Além do Pará, três outros Estados nortistas despontam entre os que mais cresceram entre 2017 e 2018. A região foi a que mais cresceu em volume do PIB, 3,4%. Amazonas (5,1%), Roraima (4,8%) e Rondônia (3,2%) são estados nortistas que também estão entre os cinco primeiros do ranking. O técnico do IBGE Luiz Antonio de Sá explica que o crescimento em cada um desses estados se deu por fatores diferentes. O Amazonas tem um perfil considerado atípico na região, por conta da forte influência da atividade de Indústrias de Transformação, que cresceu 8,8% de 2017 para 2018, motivada pelo segmento de equipamentos de informática. "Por conta da Zona Franca de Manaus, o estado tem um destaque não só regional, como nacional", cita o técnico do IBGE.

Já em Roraima, o perfil é mais concentrado nas atividades de serviço, que cresceram 4,4%, impulsionadas principalmente pelo comércio e pela administração pública. "Houve um crescimento populacional importante, um movimento de recebimento de imigrantes, e isso acabou influenciando no consumo”, relembra Sá. Por fim, Rondônia também teve crescimento nas atividades industriais (4,8%), puxada pela geração de energia elétrica. A lista dos cinco primeiros é completada por Mato Grosso (4,3%) e Santa Catarina (3,7%).

A pesquisa mostra também que alguns estados perderam participação no PIB nacional. É o caso do Pará que reduziu de 2,4% em 2017 para 2,3% em 2018, apesar do crescimento em volume de 3,0%. "isso ocorreu devido ao desempenho relativo das Indústrias extrativas e das retrações na Agricultura, inclusive apoio à agricultura e à pós colheita devido à redução no cultivo de mandioca, e de Indústrias de Transformação", explica o técnico do IBGE.

São Paulo, também perdeu 0,6 ponto percentual do total do País, pelo segundo ano consecutivo, e teve a maior perda de valor relativo. "Geralmente, os estados maiores têm maior capacidade de oscilações de participação. São Paulo teve uma queda de participação equivalente ao valor do PIB de Rondônia, por exemplo", salienta Sá. Entre as atividades que contribuíram para essa perda de participação de São Paulo, destaque para Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, que tem o estado paulista representando mais de 50% do total nacional da atividade. "Essa atividade perdeu participação em 2017 e 2018, principalmente por conta da diminuição das taxas de juros", explica o especialista.

 

 

 

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