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Covid-19: China atingiu, recentemente, recorde de infecções causadas pelo novo coronavírus

No Pará, a Sespa avalia diariamente o cenário epidemiológico e adotará todas as medidas que se fizerem necessárias se aumentar o número de casos

Dilson Pimentel

País onde a covid-19 fez as primeiras vítimas, a China, três anos depois, voltou a enfrentar um surto da doença e atingiu recentemente um recorde de infecções causadas pelo novo coronavírus.

O Brasil, enquanto isso, vive uma nova onda e com subvariantes locais sendo descobertas. Uma nova e perigosa subvariante foi descoberta no Amazonas que fez aumentar o número de casos e levar cidades, como Belo Horizonte, a retomar o uso obrigatório de máscaras. Nos aeroportos, a obrigatoriedade retornou.

No Brasil, a cobertura vacinal com a primeira dose é de 84,72% da população. Com a 2ª dose + dose única: 80,08 %. E, com a dose de reforço, 49,4 % da população total e, para a população vacinável (18 anos ou mais), 65,6 %.

No Pará, a cobertura com a primeira dose é de 91,98%. Com a segunda dose e dose única: 88,87%. Com a terceira dose, 33,38%. E, com a quarta dose, 4,23%. Os dados são do Vacinômetro, da Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa).

Na sexta-feira (25), a Sespa informou que, em outubro de 2022, foram registrados 1538 casos de covid-19 e 6 óbitos. Já em novembro, até o dia 24, foram registrados 1454 casos e 10 óbitos.

A Secretaria ressaltou que acompanha e avalia diariamente o cenário epidemiológico em todas as regiões do Estado e que adotará todas as medidas que se fizerem necessárias em caso de aumento dos casos.

A Sespa também orienta que a população mantenha o calendário vacinal em dia, pois a vacinação continua sendo a melhor prevenção para casos graves da doença.

A infectologista Helena Brígida explicou que a covid é uma doença de grandes desafios. “Quando achamos que está sob controle vem mais novidades”, disse. “Agora estamos com as sublinhagens da ômicron denominadas BQ1, BQ.1.1 e XBB. Os sintomas, em geral, são leves, porém causam transtornos de absenteísmo, mental e físicos também”, afirmou.

A infectologista disse que, na possibilidade de casos moderados e graves em pessoas mais suscetíveis, é importante retomar o uso de máscaras em ambientes fechados, como aviões, navios, transporte terrestre e elevadores também. “Já estamos habituados com o uso de máscaras e a prevenção faz parte da sustentação da vida”, afirmou.

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Há um cenário favorável decorrente das vacinas e do menor poder de virulência do vírus 

Outro fato a ser destacado pelo infectologista é que, quando o vírus “erra” seu processo de transcriptação (multiplicação dentro da célula humana), ele se torna mais transmissível. E, por conseguinte, menos virulento (menos patogênico), o que também, no futuro, tende a arrefecer a expressão clínica da doença. “De modo geral, então, se percebe um cenário favorável a todos nós decorrente das vacinas e menor poder de virulência do vírus”, afirmou.

Ele afirmou que a China sempre teve na sua política de controle de casos a busca pela “covid-zero”. Lá, a população rotineiramente ‘se revolta’ com os sucessivos lockdowns.

“É provável que, assim como aconteceu na Europa e na América, os chineses “se cansem’ e adotem medidas menos austeras, permanecendo as recomendações de proteção e isolamento apenas às pessoas mais vulneráveis e não vacinadas”, afirmou.

O médico infectologista Alessandre Guimarães disse que, particularmente no Brasil e no Estado do Pará, deve chegar o momento de “acabar a emergencialidade” na aquisição de vacinas. “Tal condição (compra de vacinas e incorporação no Programa Nacional de Imunização - PNI) já merecia ser adotada em um planejamento estratégico anual, saudável e sustentável financeiramente nas políticas públicas e capaz de atender de modo precoce as demandas da população”, afirmou.

Coronavírus em números no Pará:

Confirmados: 850758

Recuperados: 808225

Óbitos: 18913

Doses recebidas do Ministério da Saúde: 18.160.924

Doses enviadas aos municípios: 17.731.129

Percentual de repasse aos municípios: 97,63%

População total estimada: 7.468.272

Total de doses aplicadas: 16.315.281

Fonte: Vacinômetro, da Sespa

 

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