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Covid-19: Belém tem tendência de alta de casos junto a outras 18 capitais

Boletim InfoGripe da Fiocruz mostra que, em 2022, 91% das mortes por vírus respiratórios foram covid-19

Camila Azevedo

Belém está entre as dezenove capitais do Brasil que apresentam tendência de crescimento de casos de covid-19 ligados à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O boletim InfoGripe foi divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta terça-feira (21) e aponta, ainda, que o Pará também mantém taxa de aumento da infecção, mantendo a curva nacional com sinal crescentes a longo e a curto prazo.

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) afirma que os casos confirmados de coronavírus em Belém são baixos, quando comparamos com o cenário mais complicado já vivido durante a pandemia. Atualmente, os leitos, clínicos e uti, destinados para a doença continuam sem ocupação. 

As medidas de contenção do vírus estão em fase de liberação. O uso de máscaras deixou de ser obrigatório na capital desde o dia 23 de maio devido ao fim do momento de emergência sanitária do Brasil. Portanto, não há previsão para o retorno, informa a Sesma. O decreto assinado pelo prefeito Edmilson Rodrigues levou em consideração o cenário epidemiológico apresentado pela cidade: taxas de vacinação, números de casos positivos e ocupação de leitos. 

Adriano Furtado, diretor de vigilância à saúde da Sesma, explica que o órgão continua recomendando o uso dos métodos de proteção, monitorando com atenção cada caso. Além disso, o diretor destaca que o cálculo de tendência mostra uma possibilidade que pode, ou não, acontecer. “Recomendamos principalmente para pessoas em situação de risco usarem em locais fechados. O vírus ainda circula, a pandemia não acabou e temos prestado atenção nos números de ocorrências e de leitos”, diz. 

71% dos casos e óbitos relacionados a doenças respiratórias foram por covid-19

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência de casos positivos de influenza A foi de 3,5%; 0,3% para influenza B; 12,7% para vírus sincicial respiratório e 71,2% para Sars-CoV-2. 

Quanto aos óbitos neste mesmo período, os resultados positivos para vírus respiratórios foi de 2,6% para influenza A; 0% para influenza B; 2,3% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 91,9% para Sars-CoV-2.

Em 2022, 27.302 óbitos de SRAG foram contabilizados, sendo 20.890 (76,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.074 (18,6%) negativos e ao menos 561 (2,1%) aguardando resultado laboratorial. Desse total, 3,6% são de influenza A, 0,1% de influenza B, 0,7% de vírus sincicial respiratório (VSR) e 96,4% de Sars-CoV-2.

Pesquisa aponta alta de casos em 17 estados

Das vinte e sete unidades federativas, dezessete apresentam indícios de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana 23: Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo. 

As demais apresentam sinal de estabilidade ou queda na tendência de longo prazo. No Rio Grande do Sul, em particular, observa-se também o aumento nos casos positivos para influenza (gripe) em diversas faixas etárias.

Dezenove capitais apontam para sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a SE 23: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Plano Piloto e arredores em Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Natal (RN) Porto Alegre (RS), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).

A Redação Integrada de O Liberal solicitou posicionamento da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa) e aguarda retorno.

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