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Corpos e embarcação encontrados no Pará serão trazidos a Belém, diz polícia

Ainda não há definição se esse trabalho ocorrerá nesta terça (16) ou quarta-feira (17)

O Liberal
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Os corpos e a embarcação encontrados na região do Tamatateua, em Bragança, no litoral paraense, deverão ser trazidos para a sede da Polícia Científica, em Belém. No entanto, ainda não há definição se esse trabalho ocorrerá nesta terça (16) ou quarta-feira (17). A informação foi repassada na noite desta terça à reportagem de O Liberal por uma fonte policial que está atuando no caso. Segundo essa fonte, a equipe envolvida na força-tarefa se encontra em um alto nível de “esgotamento físico e mental”.

Vale destacar que, desde o momento em que o resgate do barco para a Vila do Castelo teve início, no domingo (14), por volta das 7h30, até a chegada dos corpos e da embarcação na sede da Polícia Científica, em Bragança, o que ocorreu nesta segunda-feira (15), por volta das 17h30, somam-se mais de 34 horas de trabalho por parte dos órgãos da segurança pública.

Em frente à sede da Polícia Científica, em Bragança, o delegado federal Iêdo Filho, que está à frente das investigações do caso, conversou rapidamente com a imprensa e explicou que o trabalho no município é a realização da contagem dos corpos e possíveis identificações. Após esse procedimento, é que os cadáveres serão vedados e colocados em um caminhão frigorífico, responsável por trazê-los a Belém.

Já a embarcação será trazida à capital paraense em um caminhão plataforma e ficará em uma base da Marinha do Brasil, para ser periciada.

Resgate

O trabalho de resgate da embarcação que possui aproximadamente 17 metros de comprimento por 2 metros de largura e foi encontrada no sábado (13) teve início nas primeiras horas de domingo (14), segundo informações da Polícia Federal, e duraram o dia todo. A força-tarefa envolveu ainda a Marinha do Brasil e o Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA).

A demora no resgate do barco se deu devido a vários fatores: distância geográfica, mau tempo, hora da maré e falta de luminosidade na trajetória, para possibilitar melhor visão das embarcações até o porto, na Vila do Castelo, em Bragança. No local, já nesta segunda-feira (15), uma retroescavadeira foi usada para fazer o içamento da embarcação até o caminhão plataforma que fez o transporte da estrutura com os corpos dentro até a sede da Polícia Científica.

Antes desse procedimento, ainda no porto, de forma preliminar as autoridades policiais identificaram que o barco possui uma estrutura aparentemente metálica ou de madeira internamente, sendo revestida externamente com fibra.

Outro corpo

Além dos corpos que já estavam na embarcação, outro cadáver foi encontrado no trajeto, na área da ilha do “Canela”. Esse corpo estaria preso no manguezal, em meio às raízes, e sem um dos olhos. O cadáver foi resgatado e encaminhado para a perícia, que deverá indicar se é de um dos tripulantes da embarcação.

Investigações

Um dos principais objetivos das investigações feitas pela Polícia Federal é descobrir quem eram as pessoas no barco, usando protocolos de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI). Ainda não se sabe a quantidade, nacionalidade e causa da morte das vítimas. “Até o momento, não é possível precisar o número de corpos na embarcação, nem fornecer indicativos da nacionalidade do barco e das pessoas a bordo”, informou a PF nesta segunda-feira (15).

“Após a remoção do barco, serão realizados os exames médico-legais e outros, visando à identificação de todas as vítimas, seguindo o protocolo internacional de Identificação de Vítimas de Desastres da Interpol (DVI)”, acrescentou a PF. O protocolo permite a identificação das vítimas mesmo em estado de decomposição avançado, por meio da utilização de amostras de DNA, impressões digitais, características físicas, registros odontológicos e reconhecimento de objetos pessoais.

Os peritos criminais federais da PF no Pará trabalharão em conjunto com a equipe precursora de DVI da PF, composta por peritos criminais federais e papiloscopistas policiais federais do Instituto Nacional de Criminalística (INC) e do Instituto Nacional de Identificação (INI), em Brasília.

​[Com informações de Erlan Gatinho, direto de Bragança / Especial para O Liberal]

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