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Conheça a história do vendedor de suco mais famoso de Ananindeua

Manoel trabalha com a venda de suco de laranja desde 2019. Cansaço de uma vida na construção civil o fez seguir a missão de hidratar pessoas.

Igor Wilson

Quem anda pelo Centro de Ananindeua provavelmente já cruzou com ele. Com seu nada discreto traje todo cor de Laranja e seu inseparável carrinho, Manoel Garcês é quem carrega a importante função de hidratar as pessoas com seu suco de laranja 100% natural, como ele faz questão de dizer a todos. E são muitos os clientes, a maioria formada por pessoas que trabalham ou estudam nas proximidades do movimentado centro.  

Manoel trabalha com a venda de suco de laranja desde 2019. Antes, o morador de Ananindeua vendia a fruta inteira, mas as vendas não decolavam como o imaginado. Foi através de um cliente que os rumos do negócio mudaram. O rapaz deu a ideia do ramo de sucos para seu Manoel e lhe ofereceu um espremedor industrial para começar o novo negócio. O investimento foi simbólico, mas o retorno foi quase imediato. 

Foi como vender água no deserto, como brinca seu Manoel. O zelo que o morador do Centro de Ananindeua tem com seu trabalho é sua marca registrada. O vendedor investiu em identificação visual e equipamentos como um carrinho de alumínio e uma térmica para manter o suco sempre geladinho. As vendas bombam, ainda mais nos dias de maior calor, o que é bem normal na cidade. 

Todo esse cuidado com seu negócio conquistou muitos clientes desde o início. O calor sufocante e diário dá uma forcinha e faz o vendedor brincar. Para ele, o sol quente é um grande amigo. “Meus clientes são as pessoas que andam de cima pra baixo nesse Centro de Ananindeua. Com esse calor é obrigação se hidratar, e com o suco de laranja melhor ainda”, diz. 

“O importante para conquistar o cliente, principalmente aquele que compra todo dia, é a qualidade. Não é fazer de qualquer jeito como muitos. Por isso acho que meus clientes voltam sempre. Quando eu não vou trabalhar ou não passo em tal rua, alguns mandam mensagem pra mim, perguntando porque não passei”, diz o vendedor. 

Manoel percorre várias ruas e avenidas do Centro. Vende um produto padronizado. A garrafa de dois litros custa R$ 15, a de um litro custa R$ 7 e um copo de 300ml sai por R$ 2. Acessível a todos os bolsos. Para Manoel, que trabalhou boa parte da vida na construção civil, ter a oportunidade de mudar de profissão lhe ensinou muitas coisas. 

“Eu agora tenho que comunicar mais, saber mostrar a qualidade do meu produto. Então, todo dia é uma luta, desafios. Eu me sinto alegre com esse meu trabalho, agradeço a Deus por ter me mostrado isso, e com honestidade vamos batalhando”, diz emocionado, antes de seguir sua estrada com seu carrinho e uniforme laranja. Manoel grita pouco para vender. Basta estacionar em um local para aparecer os primeiros clientes.  

Pará