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Confira as dicas para evitar a ocorrência de um AVC

No Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), Eric Paschoal, membro do Comitê Científico do Instituto AVC da Amazônia, detalha os sinais de alerta que podem indicar a ocorrência de um derrame

O Liberal
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A ocorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, pode ser indicada caso alguém apresente manifestações súbitas, como dificuldade de falar ou de força em um dos membros superiores ou inferiores; desvio da bola para um lado; dificuldade para falar; cantar ou compreender algo; dormência em um dos lados do corpo; ou dor de cabeça associada a vômitos diferente de qualquer uma que possa ter apresentado anteriormente.

O alerta foi feito por Eric Paschoal, membro do Comitê Científico do Instituto AVC da Amazônia, diante da visibilidade deste sábado (29), quando é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Ele afirma que o impacto na vida dos pacientes é intangível e que prevenir é a melhor forma de combater a doença. “Cerca de 90% dos casos poderiam ser evitados com medidas preventivas, tais como o controle da hipertensão arterial e da glicemia, a redução do colesterol e do estresse emocional, evitar o tabagismo, além da prática de atividade física regular. Existem ainda fatores não modificáveis,  com destaque para as doenças genéticas, tais como a displasia fibromuscular, anemia falciforme, policitemia, entre outras”, orienta.

“Em caso de suspeita, o 192 deve ser acionado. Ao chegar em um pronto atendimento ou hospital, o paciente  deve ser submetido ao exame de tomografia ou ressonância magnética do crânio para confirmar o diagnóstico. Ficar em casa nesses casos, é risco de morte. O paciente precisa entender que não pode retardar a ida ao hospital, ou vai a óbito ou ficará com sequelas para o resto da vida”, detalha.

O que é um AVC?

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorre quando há comprometimento dos vasos sanguíneos cerebrais, que geram a falta de oxigenação no sangue e nutrição para o tecido do cérebro. Essa doença incapacitante representa a principal causa de comprometimento funcional no mundo, sendo responsável pela maioria das internações hospitalares. Mais comum em idosos devido a uma maior tendência a desenvolver distúrbios que cursam com inflamação, também pode acometer pessoas de qualquer idade, independente de gênero.

Geralmente, o AVC acontece de forma súbita e tem como causa primária um processo inflamatório crônico que, em um dado momento, torna-se agudizado com comprometimento de funções cerebrais. Em razão disso, os neurônios daquela região afetada morrem, causando a sequela ou até morte do paciente. 

Tipos de AVC

Existem dois tipos: o isquêmico ocorre em 85% das vezes, causa o entupimento das artérias cerebrais, mas a maioria dos casos podem ser evitados. Já o hemorrágico se instala a partir do extravasamento do sangue para o tecido cerebral e se divide em dois subtipos, o intraparenquimatoso (que ocorre diretamente no tecido cerebral), causado pelos níveis de pressão arterial muito elevados, representando 10% dos casos.

Um outro subtipo é conhecido como subaracnóideo (meníngeo), que acomete boa parte dos pacientes, associado a um aneurisma cerebral rompido, e possui a maior chance de mortalidade entre todos os casos.

Dados alartamentes

De acordo com o Comitê Científico do Instituto AVC da Amazônia, os dados sobre AVC são alarmantes. A cada quatro pessoas, uma é afetada, ou seja, cerca de 25% da população será afetada em algum momento da vida. E, a cada 1 hora, são registrados 11 óbitos por AVC, atingindo 6,5 milhões de mortes ao ano no mundo. No Brasil, são registrados 400 mil casos e 100 mil mortes por ano, segundo o Ministério da Saúde. 

Eric Paschoal ressalta que o número de casos de derrame cerebral aumentou 17,2% em 2019, 18,5% em 2020 e 22,2% em 2021. Segundo ele, esse aumento ocorreu devido à pandemia da covid-19, que também colaborou para o crescimento do número de óbitos em 2020 e 2021, entre jovens de 20-59 anos de idade. 

“A ciência constatou que a infecção pelo vírus Sars-CoV-2 pode causar complicações neurológicas, a principal é o Acidente Vascular Cerebral. O vírus tem a capacidade de invadir o sistema nervoso e afetar as paredes dos vasos sanguíneos, iniciando um processo inflamatório que gera alterações de coagulação. Isso ocorre porque existe tanto um tropismo (fenômeno biológico que orienta o crescimento de um organismo) do mesmo pelo sistema nervoso central, quanto pela existência de fatores de risco naquele paciente”, explica o especialista. 

“O vírus Sars-CoV-2 é um gatilho para o desenvolvimento de patologias como diabetes e hipertensão, porque existe uma descompensação a nível pressóricos e glicêmicos durante a infecção e na pós-infecção pelo novo coronavírus, em que há um aumento da coagulabilidade sanguínea decorrente da própria doença”, esclarece.

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