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Clarão avistado no céu de municípios paraenses é meteoro, dizem especialistas da Bramon

Luz esverdeada foi vista em municípios como Uruará, Marabá, Gurupá e Porto de Moz. A Rede Brasileira de Monitoramento pede que quem tiver mais imagens que enviem para análise

Ândria Almeida / O Liberal

O clarão visto no céu no início da noite do último domingo (26), em pelo menos quatro municípios do Pará, trata-se de um meteoro. A confirmação foi feita por especialistas da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon). Em Uruará, sudoeste do Pará, uma câmera de monitoramento da Bramon registrou o meteoro a aproximadamente 275 km de distância, enquanto a câmera no município de Marabá registrou o fenômeno a cerca de 435 km da região onde ocorreu o bólido, a noroeste da cidade de Senador José Porfírio. Análises preliminares indicam grande possibilidade de o meteoro ter gerado meteoritos que podem ter atingido o solo.

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“A BRAMON está trabalhando na determinação da trajetória exata do meteoro e também na área de dispersão dos possíveis meteoritos. Para que esses cálculos sejam mais precisos seria interessante encontrar outras imagens, talvez em câmeras de vigilância externas na região. Quem tiver câmeras a até 400 km do local poderia verificar se existem registros." - informa o diretor técnico da BRAMON, Marcelo Zurita.

As imagens podem ser enviadas para o e-mail bramon@bramonmeteor.org ou pelo formulário bramon.imo.net.

Início dos relatos

Os relatos começaram no município e Porto de Moz e ainda de que o clarão também foi visto no município de Gurupá. O que causou preocupação por parte de moradores, uma série de especulações começaram a circular nas redes sociais, uma delas foi de uma possível queda de avião. A informação foi negada por companhias aéreas que operam na região. 

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Ainda de acordo com o diretor técnico da Bramon, Marcelo Zurita, esse tipo de fenômeno ocorre com frequência, mas a maioria desses fragmentos são bem pequenos e não chegam ao tamanho de um grão de feijão, porém já são capazes de produzir meteoros. Mas nesse caso de que houve no domingo, provavelmente o meteoro foi gerado por uma rocha maior, por isso o brilho foi bem mais intenso, diz o especialista.

“Nesse caso, o fenômeno é inofensivo. Apesar de haver a possibilidade de um meteorito atingir uma pessoa, essa possibilidade é ínfima”, destacou. 

O que é um meteoro?

Um meteoro é um fenômeno luminoso provocado pela passagem atmosférica de um fragmento de rocha espacial. Segundo a Bramon, como esses objetos viajam no espaço a velocidades muito elevadas, quando atingem nossa atmosfera, comprimem e aquecem o ar a sua frente, e isso faz com que eles brilhem intensamente.

“O calor gerado durante a passagem atmosférica geralmente vaporiza os pequenos fragmentos de rocha que atingem nosso planeta, mas quando o objeto é maior, há uma grande possibilidade que parte da rocha espacial tenha resistido à passagem atmosférica e tenha chegado ao solo, gerando o que chamamos de meteoritos”, informa Marcelo Zurita.

Ainda segundo a Bramon, existem três casos de meteoritos recuperados no Estado, o de Parauapebas em 2013, o de Serra Pelada em 2017 e o de Ipitinga, que foi encontrado em 1989.

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