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Castanhal: pais de alunos temem ataques e falam sobre clima de insegurança nas escolas

Secretaria Municipal de Educação, Polícia Militar e Guarda Civil Municipal se unem para o enfrentamento

Patrícia Baía
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Os trágicos acontecimentos de violência dentro de escolas no mês de março e em uma creche, no começo de abril, acendeu o alerta de perigo de pais, mães e docentes em todo país. Em Castanhal, no nordeste do estado, uma falsa ameaça de massacre em uma escola estadual anunciado em um bilhete deixado na porta de um colégio estadual, no dia 04 de abril, causou pânico generalizado no município.

A dona de casa Fernanda Costa, de 35 anos, se diz impotente diante de tantas notícias de ataques a estudantes e professores e pensa em não levar mais as filhas de 10 e 12 anos para a escola até que veja algo concreto ser feito pelas autoridades. “Estou sem conseguir dormir direito desde que isso começou e, para piorar, todo dia chega uma notícia nova em todos os grupos de whatsApp de quem um novo massacre vai acontecer. A gente não sabe o que é notícia verdadeira ou falsa e dá muito medo de levar minhas filhas para a escola. Eu penso em deixar elas em casa até que o colégio se torne um lugar seguro. Quero ver policiais dentro e fora e quero também que a direção investigue se tem aluno com más intensões”, desabafou Fernanda.

A Secretaria Municipal de Educação- Semed informou, em nota, que após serem divulgadas ameaças de ataques em escolas do município, se reuniu com as Polícias Civil, Militar e Guarda Civil Municipal (GCM), com intuito de realizar estratégias e medidas de segurança para as escolas que incluem rondas escolares, a presença de policiais nas escolas, além de algumas mudanças no procedimento interno das escolas para resguardar a integridade física e a vida de nossos alunos e servidores da educação do município. A secretaria afirma que acredita no bom serviço de inteligência da polícia para chegar a identificar os autores das ameaças.

A GCM informou que está com patrulhamento preventivo e realização de rondas nas unidades de ensino diuturnamente, para que assim, o ambiente escolar esteja mais seguro. As rondas ganharam o reforço do NOC – Núcleo de Operações com Cães. Os cachorros são treinados para detectar armas e drogas.

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A Polícia Militar iniciou no dia 22 de março o policiamento ostensivo e preventivo nas escolas municipais e estaduais de Castanhal.  As rondas escolares estão sendo realizadas em todos os três turnos de funcionamento das escolas públicas por uma guarnição formada por uma viatura e dois policiais, como explica o comandante do 5º Batalhão de Policiamento Militar, coronel Gilberto Cardoso. “Passamos a intensificar a presença da Policia Militar tanto dentro das escolas como ao redor de todas elas. A PM tem quer ser vista conversando e interagindo com a comunidade escolar e agora não somente com esta guarnição foi criada para ficar somente com o policiamento escolar. Estamos ainda realizando rodas de conversas e palestras sobre prevenção a ataques e protocolos de segurança com pais e professores da rede pública e privada do nosso município”, explicou o comandante do 5º BPM.

Palestra

Para garantir segurança aos alunos e tranquilizar pais e docentes, o 5º BPM realiza nesta terça-feira, 11, às 19h, uma palestra sobre prevenção a ataques e protocolos de segurança. A palestra será ministrada para diretores e coordenadores de escolas públicas e privadas de Castanhal.  

Casos

No dia 30 de março um estudante de 17 anos esfaqueou outro, dentro da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Palmira Gabriel, no distrito de Icoaraci, em Belém. De acordo com a polícia ele estaria equipado com outros materiais com os quais, supostamente, planejava atacar mais pessoas e tirar a própria vida.

E em São Paulo, no dia 27 de março, três professoras e um aluno foram esfaqueados por um estudante dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro. A professora Elisabete Tenreiro, 71 anos, morreu no hospital.

O último foi no dia 05 de abril, na creche Cantinho Bom Pastor, no Vale do Itajaí, Blumenau, Santa Catarina. Quatro crianças morreram e outras quatro ficaram feridas.

Os casos seguem sendo investigados pela polícia.

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