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Casos de HIV crescem entre a chamada população ativa de Parauapebas

Para tentar conter o crescimento de contágios, órgãos de saúde de Parauapebas, sudeste do Pará, criaram campanhas de prevenção

Hilda Barros

Após o Carnaval, historicamente, há um aumento significativo de casos de infecções sexualmente transmissíveis adquiridas ao longo dos dias em que os foliões fazem festa. Para tentar conter o crescimento de contágios, órgãos de saúde de Parauapebas, sudeste do Pará, criaram campanhas de prevenção alertando sobre os riscos e incentivando os foliões a tomarem medidas adequadas para evitar problemas.

Nesse período, a Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde realizou ações de prevenção junto à comunidade, com orientação e distribuição de cerca de cinco mil preservativos. Um meio de coibir a infecção do vírus, mas apesar dos esforços, Parauapebas é um dos municípios do estado do Pará com maior incidência de casos de HIV/Aids.

Os dados são do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que presta o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) às pessoas vivendo com HIV ou Aids no município. Conforme os números, os casos são crescentes, principalmente em homens na fase considerada sexualmente ativa.

De acordo com Michele Ferreira, diretora de Vigilância em Saúde, Parauapebas conta com uma rede ampliada de atendimento especializado a esse público, o que acaba se tornando referência para outros municípios no atendimento à população soro positivo, o que contribuiu com o aumento do número de pessoas atendidas na rede municipal de saúde.

“O município conta com um centro estruturado para atender as demandas, por meio do SAE oferecemos atendimento com o infectologista, um patologista e por esse trabalho ser amplo e ser uma referência na região até outros munícipes de outras cidades acabam buscando Parauapebas sendo diagnosticados no município”, frisou Michele Ferreira.

Nos últimos meses de 2021 aos primeiros meses de 2023, de acordo com dados da Vigilância em Saúde, o município conta com 25 casos da doença diagnosticado em gestantes, representando um número alto, ampliando um possível risco da existência de mais 25 pessoas que podem nascer doentes. Em média, por ano, 15 crianças nascem expostas ao HIV.

“De início a gente considera aquela criança exposta ao HIV, ela não necessariamente nasce com o vírus, a gente tem esse trabalho diferenciado no CTA, onde há o acompanhamento dessas crianças pelo pediatra, no tempo necessário para ver se ela converte o vírus, ou se ela fica indetectável”, destacou.

Se tratando de população em geral, a estatística aponta o diagnosticado em média por ano de 85 casos de HIV, com o registro de 15 a 18 óbitos por ano em decorrência da Aids. Atingido o público de 25 a 50 anos considerada ativo.

“A gente analisa onde estamos falhando, se é nós assistência que estamos falhando para a doença desenvolver ou se é a própria população que às vezes deixa de tratar o HIV em si, fica faltoso, não vai buscar o medicamento e não toma a medicação e o vírus acaba se tornando uma doença instalada, o que é mais agravante, e o paciente acabava evoluindo a óbito", pontuou Michele.

O diagnóstico cedo pode garantir que a pessoa viva normalmente. Para evitar contrair o vírus a orientação do órgão é que a população faça o uso de preservativo durante a relação sexual, e para prevenir o contágio a comunidade tem acesso de forma gratuita a preservativos.

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