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Casa da Cultura oferece aulas de música a crianças e idosos

Para se inscrever nos cursos da Casa da Cultura, é necessário preencher alguns requisitos básicos, como ter idade mínima de cinco anos para iniciar a musicalização infantil

Tay Marquioro

Antes mesmo de completar 10 anos de idade, Amanda Vieira, atualmente com 20 anos, começou seu processo de iniciação musical por meio das aulas ministradas na Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM). Ela iniciou no curso de musicalização infantil, passou por aulas de flauta doce, flauta transversal, canto coral, entre outros. Hoje é uma das integrantes da Banda Waldemar Henrique.

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Para se inscrever nos cursos da Casa da Cultura, é necessário preencher alguns requisitos básicos, como ter idade mínima de cinco anos para iniciar a musicalização infantil, que tem o objetivo de desenvolver toda a sensibilidade para o reconhecimento de notas e, assim, ter os primeiros contatos com o mundo da música. Já quem é matriculado com mais de 10 anos de idade passa direto para a aula do instrumento escolhido.

“Nossos cursos possuem nível elementar, formação inicial de educação musical, com a duração de dois anos cada curso e, a partir desses dois anos, sendo aprovada, a pessoa pode migrar para outro curso, outra modalidade”, Jaciara, ressaltando ainda que todos os cursos são oferecidos de maneira 100% gratuita.

Cada turma possui, no máximo, 25 alunos. Além das aulas, os alunos também participam de apresentações ao longo do ano. Os jovens já estão se preparando, por exemplo, para a Cantata de Natal. A partir dos sete anos de idade, as crianças já podem se inscrever no curso de canto. “Trabalhamos com a faixa etária a partir de 7 anos até os 12 que a gente chama de infantojuvenil e a partir dos 13 em diante, temos alunos de até 75 anos, a gente chama de canto coral adulto. A maioria chega totalmente sem conhecimento. Mas todos podem se desenvolver e aprender. É um desafio”, avalia a professora de canto, Ruth de Freitas.

A professora explica que desde as primeiras aulas, os alunos são familiarizados com os exercícios e aquecimentos vocais. “São exercícios com o teclado e a voz, onde a gente trabalha a escala de músicas. Eles vão aprendendo notas musicais, ritmos, harmonia, divisão de voz e todas essas questões. Na escola de música, a gente proporciona uma ambientação com muitas áreas musicais, proporcionando esse sonho. Para muitos, é a oportunidade para que se descubram”, completa Ruth.

A Praça da Juventude, outro espaço dedicado à prática esportiva e à arte-educação em Marabá, também é o palco onde centenas de crianças, jovens e adultos desenvolvem suas aptidões para a música. Localizada no bairro Quilômetro 7, uma área considerada periférica do município, as aulas oferecidas pela equipe da Casa da Cultura também ocorrem gratuitamente.

“Aqui as crianças saem da rotina da escola regular e, no contraturno, fazem muitas atividades físicas, esportivas e a praça vem com esse diferencial, as aulas de música. É importante porque existem crianças que não têm vontade de ficar jogando bola ou brincando, preferem a música. Além de proporcionar o desenvolvimento da criança, também pode render retornos inclusive profissionais, quem sabe”, destaca Gilberto Silva, coordenador da Praça da Juventude.

As aulas também acontecem em oito unidades de ensino da rede municipal e contribuem para que a musicalização chegue a cada vez mais áreas de Marabá. A Escola José Mendonça Vergolino, na Marabá Pioneira, é um desses polos de estudo da música que abrange não só os alunos, mas também oferece o ensino para pessoas da comunidade. Sofia Rocha, 11 anos, não falta às aulas de flauta doce. “Gosto de ouvir e aprender a tocar os instrumentos. Me interessei pela flauta porque o som dela é suave, calmante e lembra harmonia. Tenho vontade de tocar outros instrumentos, até mesmo a flauta transversal”, ressalta a aluna.

Milhares de crianças, adolescentes e adultos já passaram pelos cursos de música da FCCM nos últimos anos. Somente em 2022, são 1.568 alunos regularmente matriculados. A sede da Casa da Cultura, localizada na Folha 31, núcleo Nova Marabá, concentra a maior fatia, 850 alunos. Todo esse público é formado principalmente por meninos e meninas em situação de vulnerabilidade social do município.

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