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Câncer de ovário: Pará registra redução de casos nos últimos dois anos; vídeo

Pará registrou 77 casos em 2020 e 54 casos em 2021. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 6.650 novos casos de câncer de ovário serão notificados no Brasil em 2022

Emanuele Corrêa

O câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum, após o câncer do colo de útero. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 6.650 novos casos de câncer de ovário serão notificados no Brasil, este ano. O Pará registrou uma redução no número de casos, quando em 2020 notificou 77 casos de neoplasia maligna de ovário, seguidos de 54 casos em 2021, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). O mês de maio propõe a conscientização da doença e a importância de cuidar da saúde.

A doença, em geral, não manifesta sintomas iniciais, no entanto, inchaço abdominal, perda de peso e apetite, dor na região abdominal, mudança no trânsito intestinal. Além dos fatores de risco como obesidade, alimentação inadequada e sedentarismo, são sinais de atenção que podem levar suspeitar da doença. "A maioria só apresenta sintomas em fases mais avançadas da doença", explica Bruno Fernandes, oncologista clínico.

Uso de anticoncepcional oral por uso prolongado aumenta risco de câncer de ovário

Em relação à prevenção, Bruno afirma que os fatores de risco precisam ser evitados, sempre acompanhado por um médico de referência. "Uso de anticoncepcional oral, principalmente sem acompanhamento médico ou com uso prolongado, aumentam as chances do câncer. [sobre as defesas] Mulheres que engravidaram mais vezes e amamentaram mais, têm maior proteção contra o câncer de ovário", concluiu.

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Lenita Oliveira, 84 anos, há dois anos faz acompanhamento médico por conta do câncer de ovários. Ela contou que inicialmente não teve nenhum sintoma e sempre se cuidou, realizando anualmente visitas ao médico ginecologista e fazendo o exame preventivo, também conhecido como Papanicolau. No entanto, o que acendeu o alerta foi o aumento do abdome.

"Já tem mais de dois anos, fiquei com o abdômen duas vezes maior. Eu já estou bem. Eu fiz quase dois anos de quimioterapia, agora eu estou tomando só os comprimidos. Eu fiquei uma semana hospitalizada. Eu fazia infiltração, para a retirada do líquido, por causa do líquido abdominal", relembrou Lenita, sobre o processo de tratamento.

Atualmente, Lenita revela que leva uma vida normal, realiza as suas atividades, mas sem descuidar da saúde e alimentação. Incentiva a população fazer exames de rotina e manter os cuidados. "Eu me cuido, passeio, viajo, faço acompanhamento nutricional, tomo as medicações direitinho. Já estou com a rotina normal... Meu recado é que as pessoas sempre fiquem atentas. Ir ao médico regularmente, ter hábitos de vida saudáveis, uma boa alimentação. Fazer hidroginástica, caminhar, eu faço", finalizou.

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