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Campanha estadual chama atenção para o mês de conscientização para doação de órgãos

A mobilização contará com uma agenda com palestras e orientações voltadas aos profissionais de saúde sobre o tema durante todo o mês de setembro.

O Liberal

O Dia Nacional da Doação de Órgãos, comemorado no dia 27 de setembro, mobiliza diversas campanhas em todo o país. No Pará, a Central de Transplantes (CET), da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), promove uma campanha com objetivo de chamar atenção da sociedade para a doação de órgãos e tecidos. A mobilização contará com uma agenda com palestras e orientações voltadas aos profissionais de saúde sobre o tema durante todo o mês de setembro.

Em 2022, até o mês de julho, foram realizados no Pará 108 transplantes de córnea, 16 transplantes de rim e 3 de medula óssea. Ao todo, 1.646 pessoas no Pará estão em lista de espera aguardando por uma córnea (1.207) e rim (439).

Para a coordenadora da CET, Ierecê Miranda, é importante levar a pessoas mais informações que possam sensibilizar a sociedade em favor da solidariedade no intuito de elevar os índices de doação e transplantes de órgãos e tecidos no Pará.

O que precisa para ser doador de órgão 

“Para se tornar um doador de órgãos basta avisar a família. O desejo de ser doador, quando não informado aos familiares, representa um dos principais motivos para a recusa de doação de órgãos, assim como a falta de informação sobre o processo de doar os órgãos. Pela Lei Brasileira, a doação somente pode ocorrer mediante a autorização da família. Por isso é importante expressar, verbalizando este desejo em vida”, afirma Ierecê Miranda.

No Pará, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e da rede privada, são realizados os transplantes de rim, tecidos oculares (córnea e esclera) e de medula óssea. “São cinco hospitais autorizados para transplantar rim; 13 instituições de saúde que realizam transplante de córnea e recentemente foi autorizado o transplante hepático no Estado”, informa Ierecê.

O processo de doação, captação e transplantes de órgãos no Estado é coordenado todo pela CET. O trabalho é realizado por uma equipe de 18 profissionais, entre médicos, biomédicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, agentes administrativos e motoristas, que garantem o funcionamento da Central nas 24 horas.

A equipe atua na recepção das notificações de óbitos de todos os hospitais do Estado, no suporte aos hospitais para diagnóstico de morte encefálica, na validação do potencial doador de órgãos e tecidos, no auxílio ao acolhimento e conversa com as famílias a respeito da doação de órgãos, e na organização e coordenação da retirada desses órgãos. Também realiza o transporte e a entrega dos órgãos e tecidos captados às equipes transplantadoras autorizadas. Todo o processo de registros e informações das doações e transplantes ocorre on-line com o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde.

Investimentos

A CET intensificou, nos últimos três anos, as medidas de aperfeiçoamento da doação de órgãos e tecidos no Estado com a implantação do transplante renal pediátrico e de figado na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará; a autorização do transplante de medula óssea em Belém; a inserção de mais dois estabelecimentos de saúde para realizar transplante de córnea em Belém e Ananindeua e a efetivação do transplante de rim de doador falecido em Redenção, que até então só era feito com doador vivo.

O fluxo de transplante no Estado conta ainda com o reforço da parceria com o SAMU 192 para transporte de doador entre hospitais para a captação de órgãos; o termo de cooperação com o Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) para transporte aéreo de órgãos e equipes de captação de órgãos e com o Laboratório Central do Estado (Lacen) para a realização de teste para Covid em doadores.

Atualmente, o CET funciona em uma sede própria, em funcionamento desde junho deste ano, em espaço cedido pela Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

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