Câmara Municial de Marabá abre o ano legislativo com protesto de educadores

A categoria está em Estado de Greve e se reúne novamente no próximo dia 14 de março para decidir sobre a deflagração de uma paralisação das atividades

Tay Marquioro
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A primeira sessão plenária de 2023 da Câmara de Marabá foi marcada por protesto de educadores da rede municipal. Os servidores aproveitaram a presença de representantes da Prefeitura, do Executivo estadual, do judiciário e de organizações da sociedade civil na cerimônia realizada na manhã desta quarta-feira (15) para pedir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Educação.

Para Joyce Rabelo, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) Subsede Marabá, o pedido se justifica, pois há anos a gestão municipal vem adiando a concessão de reajustes a esses profissionais. “Devido a defasagem do pagamento do piso do magistério, que está acumulado em 38,19%. Além dos retroativos dos anos anteriores que somam mais de R$72 milhões. Somando isso aos pisos que não foram pagos, esse passivo já ultrapassa R$100 milhões”, afirma a sindicalista. A categoria está em Estado de Greve e se reúne novamente no próximo dia 14 de março para definir se deflagra ou não uma paralisação das atividades.

O prefeito Sebastião Miranda Filho foi representado pelo seu vice, Luciano Dias, que fez um discurso mais concentrado em exaltar as obras executadas pela prefeitura. Diante de um plenário lotado de servidores insatisfeitos, ele defendeu a forma como a gestão vem conduzindo as negociações com a categoria. “Temos tratado a todos com muito respeito, temos aberto diálogo constante com os sindicatos. Eu mesmo sou testemunha disso, de tantas vezes que vi as representações sindicais sendo recebidas no gabinete do prefeito. E é muito importante que esse diálogo continue para que a solução pacífica dos conflitos seja a melhor saída para todos nós”, disse Luciano.

A menção às escolas construídas ou reformadas pela prefeitura foi proferida sob vaias dos servidores e o presidente da Câmara, vereador Alécio Stringari, precisou intervir. “Eu gostaria que a plateia garantisse a palavra ao vice-prefeito. Eu acho que o momento não é esse. A gente respeita, vocês são bem-vindos aqui e sabem o quanto a Câmara é parceira. Então eu gostaria que fosse garantida a palavra do nosso vice-prefeito, por favor”, pediu o parlamentar.

Ao longo da sessão, alguns vereadores utilizaram a tribuna para manifestar apoio às reivindicações dos servidores. “Acredito que ninguém aqui discorde da avaliação do poder público municipal, é uma gestão que está sendo uma excelente executora de obras, mas nós precisamos também avançar em outras pautas. A cidade não é feita só de obras”, ponderou o vereador Marcelo Alves (PT). “Eu gostaria de fazer um pedido ao nosso vice-prefeito, que está representando o prefeito, para que a gente possa trabalhar mais fortemente na manutenção de uma mesa permanente de negociação e que essa Casa possa participar também desta mesa. Para que a gente construa uma pauta, uma agenda da mesa de negociação, para que se tome conhecimento de tudo o que está acontecendo, inclusive, dessas reivindicações que os servidores da Educação trazem hoje à esta Casa”, disse o vereador Pedro Corrêa (União Brasil).

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Marabá informou, por meio de sua Assessoria de Imprensa, que está em constante negociação com o Sintepp e que as tratativas das reivindicações apresentadas pela categoria já estão em andamento. Algumas, inclusive, já teriam sido negociadas e atendidas.

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