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Câmara de Marabá analisa projeto para uso do canabidiol na rede municipal de saúde

O projeto prevê a disponibilização gratuita de medicamentos à base da canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabidiol (THC) na rede pública de saúde

Tay Marquioro

A Câmara Municipal de Marabá está analisando um projeto de lei que promete dar o que falar nos próximos meses na cidade. O projeto prevê a disponibilização gratuita de medicamentos à base da canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabidiol (THC) na rede municipal de saúde, com base em argumentos médicos e no artigo 196 da Constituição Federal, que determina que a saúde é um direito do cidadão e dever do Estado.

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Para a médica psiquiatra Ismênia Cruz, a aprovação e sanção desse projeto de lei pode significar um avanço para pacientes com diversas enfermidades. “O uso do CBD e do THC tem sido bastante pesquisado e alcançado bons resultados no tratamento de sintomas de pessoas com fibromialgia, epilepsia, Alzheimer e até de crianças com um grau mais severo de autismo. É importante que fique claro que essas são doenças que não têm cura e esses medicamentos não prometem isto. Mas são aliados muito valiosos no tratamento de sintomas e que podem dar mais qualidade de vida para o paciente, dependendo de cada caso”, explica a médica. “A população precisa ser esclarecida a respeito porque muitas pesquisas foram feitas e tantas outras ainda estão em desenvolvimento. Mas já se sabe que o uso médico dessas substâncias não causa qualquer dependência. Do contrário, não haveria indicação para utilização por crianças, por exemplo”, conclui.

O uso de medicamentos com compostos derivados da maconha tem sido objeto de discussões cada vez mais frequentes Brasil afora. Municípios como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO) e Recife (PE) já aprovaram propostas semelhantes e oferecem os medicamentos na rede pública de saúde, sob a prescrição de um profissional médico habilitado para isso.

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