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Barcarenense deixa assessoria parlamentar para trabalhar com paletes

A proximidade da morte fez com que Waldeci deixasse sua antiga profissão, resgatando o antigo ofício de seu pai

Larissa Costa

A arte com paletes se tornou a paixão e também o ganha pão de seu Waldeci  Pinheis, 52 anos, há apenas dois anos. A profissão de Marceneiro chegou com muita determinação e força de vontade de recomeçar após a pandemia que quase lhe tira a vida.

O barcarenense teve duas paradas cardiorrespiratórias e conta que ficou uma semana sem conseguir falar.  “Estreei a Covid aqui em Barcarena. Foi muito ruim e depois que retornei, já voltei trabalhando com paletes com o apoio de uma amiga que me ajudou muito comprando o material pra eu começar”, conta.

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“Quando eu vi o trabalho, fiquei interessada porque estávamos precisando de um instrutor dessa área para um dos projetos sociais. Inicialmente ele ficou receoso e falou que trabalhava apenas com pequenas peças. Mas acredito muito no valor das oportunidades. Eu sou fruto de uma base de poucas oportunidades, entretanto acredito muito na dedicação. Se você não tem a técnica, mas tem a vontade você vai buscar se aperfeiçoar. Apostar no Waldecir foi acreditar do seu potencial. Hoje temos inclusive exposição das artes que ele ajudou a produzir”, conta Nilda Pachedo, proprietária da Talent, empresa onde o seu Waldecir contribui como Instrutor nas Oficinas de Empreendedorismo Sustentável do projeto Casa Imerys.

Para a amiga que o incentivou no início da trajetória como marceneiro é prazeroso ver que a nova oportunidade deu certo. “Falar dele é muito fácil, muito leve. Já o conheci nessa pegada de trabalho voluntário, trabalhando para um município melhor. E é maravilhoso poder ajudar na construção dos sonhos dele, porque é um amigo que carrego no peito e que merece esse sucesso, por ser um empreendedor e desbravador de novos conhecimentos”, afirma Alziane Cunha.

Móveis para casa, utensílios pra cozinha e brinquedos como casinha, cavalinhos e gangorras estão entre as artes produzidas pelo trabalhador. “Ele é muito flexível para ouvir opiniões. À medida que vamos propondo novas ideias, ele vai correspondendo”, conta Nilda sobre as artes com paletes.

O trabalho é a principal fonte de renda da família do seu Waldecir que conta satisfeito das conquistas a partir da arte em madeira. “Comprei meu carro e as ferramentas”. O talento foi replicado para uma turma de 23 mulheres que hoje seguem os mesmos passos do instrutor.

Pará