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Após nevoeiro, saiba como fica o tempo da semana em Belém

Nevoeiro percebido na RMB de Belém é explicado por meteorologista, que afirma que irá se repetir nos próximos dias

Emanuele Corrêa

A segunda-feira (18) iniciou com céu encoberto na capital paraense e Região Metropolitana de Belém (RMB) e, por volta das 6h da manhã, um nevoeiro tomou a cidade e foi registrado por internautas, por meio das redes sociais. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), os próximos dias na grande Belém terão a presença do fenômeno e, no geral, poucos momentos o sol aparecerá. A temperatura mínima na RMB será de 23ºC e a máximo de 30ºC com sensação térmica de 28ºC.

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José Raimundo Abreu, meteorologista do INMET explica, primeiramente, o fenômeno que diminuiu a visibilidade de motoristas, ciclistas e pedestres e afirma que até o final desta semana, a tendência é que as manhãs tenham nevoeiro. "O nevoeiro está sendo comum nas manhãs de Belém e do Nordeste paraense. Acontece devido a alta concentração da umidade relativa do ar, com os ventos fracos e a queda de temperatura na superfície. As gotículas de chuva condensam e formam os nevoeiros, que não passam de nuvem, extratos, atingindo o solo. A visibilidade sempre horizontal, sempre de 500 metros a 1.000 metros", explicou.

Sobre as chuvas na RMB, José Raimundo informa que está dentro do previsto para o mês de abril. De acordo com o INMET historicamente o registro de chuvas é de 465mm no mês. De 1º de abril ao dia 17 de abril já choveu 310mm.

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A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) - encontro dos ventos alísios do Hemisfério Norte e Sul, perto da linha do Equador - está estacionária na linha do Equador e a presença dela favorece o céu fique encoberto. "A quantidade de chuvas, com tempestades severas, ocorreram em Chaves, Afuá, toda área do Norte do Marajó, e também na área de Salvaterra, Marapanim, Salinas. Na área litorânea já superou os 400mm, enquanto em Belém ainda está dentro da média", relembrou.

O meteorologista se baseia no estudo do INMET, que aponta que de 1930 a 2022 houve um aumento significativo de chuvas nos meses de março e abril. Antes, diz José, os meses mais chuvosos eram fevereiro, março e abril. "Verificamos que a presença da ZCIT ela tem um deslocamento até linha do equador, ficou estacionária e está causando essas chuvas intensas na zona litorânea. Esse final de semana e este mês de abril, estão carregadas de chuva, com poucas horas de sol na região de Marapanim, Curuçá, litoral do Marajó, onde o pulso da ZCIT está mais ativo e frequente", concluiu.

A previsão do tempo para a Grande Belém até o final de semana - domingo (24) -, tende a aparecer o Sol no começo da manhã, até às 10h, aponta José. Com céu encoberto e nublado no restante do dia, espera-se chuvas, intensificando-se no nordeste paraense. "O INMET está fazendo a previsão junto dos modelos climáticos para verificar o que está ocorrendo até o final do mês na RMB. Mas vamos ter chuva ao longo da semana, até o final de semana. A RMB vai continuar com chuvas, diminuir pouca coisa na região litorânea. Vai intensificar as chuvas para o nordeste do Pará, em Óbidos, Itaituba. Essa semana terá os maiores volumes de chuva no Xingu e Baixo Tocantins. Só vai diminuir a chuva para Belém e Sul do Pará no mês maio', ressaltou.

A temperatura máxima esperada para Belém e RMB está entre 29ºC e 32ºC  e a mínima de 23ºC, afirma Raimundo. "A tendência é que se mantenha até o próximo final de semana, e que aumente a nebulosidade devido a zona de convergência do atlântico sul. Muitas chuvas na região do Marajó, mas também no Baixo Tocantins e em direção a transamazônica, chegando até Santarém, com possibilidade de chuvas com descargas elétricas. Enquanto Belém predomina céu encoberto, mas a tendência é de chuva fraca, com predominância de nebulosidade e sol entre nuvens pela manhã até 12h", finalizou.

"A população já percebeu que a chuva de 12h/13h já voltou. Impedindo que tenhamos altas temperaturas, não há radiação direta. A maré alta que aconteceu no final de semana, só voltará em maio, com menor intensidade. No entanto, a maré não iria cobrir a pedra do Ver-O-Peso, com base no acompanhamento do ciclo da lua. E posso afirmar que no próximo ano não iria cobrir a pedra do Ver-O-Peso. Alguns comerciantes ficaram satisfeitos com a previsão", finalizou.

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