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Polícia apura em sigilo morte de Ruthetty; caso segue sem suspeitos presos

Nesta quinta-feira (11), um irmão da cantora, Ivanildo Gomes dos Santos, prestou depoimento à Polícia Civil

O Liberal

As circunstâncias da morte da cantora paraense Rute Gomes dos Santos, conhecida como Ruthetty, ícone do tecnomelody e do brega, são apuradas sob sigilo pela Delegacia de Feminicídio (DEFEM). É o que informou a Polícia Civil. A PC acrescentou que, até o momento, não foi feita a prisão de nenhum suspeito. A cantora foi encontrada sem vida em Belém no dia 3 deste mês.

Famosa por sucessos como “Viver de Ilusão” e “Amor da Minha Vida, Eterno Amor”, Ruthetty foi encontrada morta dentro de uma residência no bairro da Marambaia, em Belém. No momento da localização, ela vestia apenas uma blusa e tinha um tecido envolto no pescoço.

Nesta quinta-feira (11), um irmão da cantora, Ivanildo Gomes dos Santos, prestou depoimento à Polícia Civil. Em entrevista a uma emissora de televisão, ele disse que ficou chateado com as declarações dadas, à imprensa, por uma advogada. “Ela deu uma entrevista para uma rede de televisão, ontem, que abalou toda a família”, disse. “Disse que tinha membro da família nessa situação da morte dela (da cantora)”, afirmou. “Tava acusando a minha irmã que a encontrou morta no dia do acontecido”, contou. Mas Ivanildo deixou claro que essa versão não tem fundamento e que a investigação ainda não foi concluída.

A investigação inclui a oitiva de testemunhas, a análise de imagens de câmeras de segurança e a solicitação de perícias. A Polícia Científica do Pará periciou o corpo, que foi liberado na manhã do dia seguinte (4). A principal suspeita levantada pelas fontes e pela família é de homicídio, negando veementemente a hipótese de suicídio.

Fontes da Polícia Científica, citadas pelo jornalista Wesley Costa, do Grupo Liberal, indicam que Ruthetty teria sido golpeada na região da cabeça. O principal suspeito é o ex-companheiro da cantora. O suspeito teria tentado simular um suicídio ao vestir a artista e posicionar um tecido em seu pescoço.

A irmã de Ruthetty foi a primeira a chegar ao local e encontrou a casa "bastante revirada" ou "bagunçada". A família gravou um vídeo mostrando manchas de sangue no ambiente e argumentando que "enforcamento não sai sangue", reforçando a tese de "luta corporal". Durante o velório, o irmão da cantora, Ivanildo Gomes dos Santos, contou que a visita ao Instituto Médico Legal (IML) reforçou a convicção de que Ruthetty foi vítima de violência física, descrevendo que ela foi "torturada".

Segundo ele, os detalhes da perícia indicam que a artista foi "engasgada, sufocada", além de ter levado batidas na cabeça e apresentar muitos hematomas no rosto. Ele classificou o ato como um "crime bárbaro" e "muito planejado". A família também relatou que o celular da cantora está desaparecido desde o dia 28 de novembro.