CRM e CRF lançam campanha por receitas médicas legíveis no Pará
O objetivo é garantir mais segurança para o paciente e facilitar o trabalho dos profissionais de farmácia, evitando erros na dispensação de medicamentos
O Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA) e o Conselho Regional de Farmácia do Pará (CRF-PA) lançaram, na manhã desta segunda-feira (28), uma campanha de conscientização sobre a importância da legibilidade nas prescrições médicas. O objetivo é garantir mais segurança ao paciente e evitar erros na dispensação de medicamentos causados por caligrafia ilegível.
A mobilização está sendo realizada em Belém, Castanhal, Soure, Itaituba, Redenção, Santarém, Marabá, Ananindeua, Marituba, Benevides e Benfica. Segundo o CRM-PA, a prescrição é um ato técnico que deve ser claro e compreensível a todos os profissionais envolvidos no cuidado com o paciente. O ato da dispensação, realizado por farmacêuticos, também envolve orientação adequada sobre o uso do medicamento e seus riscos.
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Conselhos médicos e farmacêuticos se unem pela segurança do paciente
Para a presidente do CRF-PA, Carolina Heitmann, a união entre os conselhos fortalece o movimento. “Estamos indo às ruas para promover a sensibilização em prol da saúde da população. Esta campanha destaca que receitas legíveis são fundamentais para a segurança do paciente e para um tratamento mais eficaz”, afirmou.
Prescrições ilegíveis não devem ser aceitas, alertam conselhos
A campanha foca especialmente em unidades de saúde, farmácias e hospitais que ainda não adotam a prescrição eletrônica. Segundo Carolina Heitmann, o farmacêutico tem respaldo legal para recusar o atendimento quando não consegue entender o conteúdo da receita. “Dispensar corretamente é pensar na saúde do paciente”, reforçou.
CRM-PA orienta médicos sobre boa caligrafia
A presidente do CRM-PA, Tereza Cristina Azevedo, alertou sobre os riscos da confusão entre medicamentos causada por receitas mal escritas. “Já recebemos diversas reclamações. Quando detectamos o problema, chamamos o médico para orientação. A recomendação é usar letra de forma sempre que necessário”, afirmou.
Farmacêuticos enfrentam dificuldades na rotina
A farmacêutica Keyla Costa, que atua na dispensação de medicamentos, relatou os desafios causados por receitas ilegíveis. “Tentamos interpretar, conversar com o cliente, ligar para o médico, mandar foto... Mas, quando não conseguimos confirmar o conteúdo, não podemos atender. Dispensar na dúvida é um risco”, explicou.
Pacientes também são afetados pela falta de clareza nas receitas
A administradora Maria Cristina Mota de Carvalho, de 69 anos, relatou que já enfrentou o problema. “Fiquei constrangida na farmácia, sem conseguir o remédio. Tive que voltar ao médico e começar tudo de novo”, contou. Para ela, uma caligrafia mais clara evitaria transtornos e agilizaria o atendimento.
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