Durante a pandemia, a prática de exercícios se limitou ao próprio lar. Mesmo sabendo dos benefícios das atividades esportivas para a saúde mental e física, o cenário de isolamento social se tornou um obstáculo para o desenvolvimento dos encontros em grupo e nas academias. Esse foi um dos muitos fatores que reforçaram a onda de casos de doenças da mente, sobrepeso e perda de qualidade de vida desde que a doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 acometeu o planeta. Recuperar o bem-estar vai demandar uma mudança de hábitos completa: exercícios, alimentação, cuidados médicos e reencontro com o prazer de viver.
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Um dos funcionários que participa de vários projetos da empresa é Marlon Oliveira, de 33 anos, gerente de operação na Alunorte, refinaria da Hydro, localizada em Barcarena (PA). Em sete anos, ele engordou cerca de 30 quilos e conta que através dos exames periódicos que são realizados anualmente na empresa, eram apresentados constantes índices negativos relacionados ao sobrepeso, sedentarismo, altos índices de colesterol e triglicerídeos que estão associados ao desenvolvimento de doenças como diabetes e hipertensão.
"Neste ano, ingressei na iniciativa Saúde em Movimento, que faz parte da área de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (HSE) para auxiliar empregados da refinaria que estejam com sobrepeso ou necessitando de atividade física. Conto com o suporte de nutricionista, educador físico e psicólogo para me ajudar a vencer o sedentarismo. Iniciei o projeto de recuperar minha saúde", explica Marlon.
Rotina é essencial para a mudança de hábitos
Outra colaboradora da Hydro que também está participando do Desafio dos 50 mil km é a eletricista instrumentista Luana Costa. Ela, que sempre teve ligação com o esporte, depois da gravidez da pequena Luiza, recomeçou a vida com ciclismo e corrida de rua, as duas atividades que mais tem prazer em fazer. "À noite, quando chego do trabalho, dou a devida atenção à minha família, depois coloco meu tênis e vou correr no rua, é o meu cotidiano", afirma a eletricista.
Mesmo com diversas jornadas durante o dia, Luana Costa mostra que em condições adversas ainda é possível cuidar da saúde e sonhar. Um dos objetivos da eletricista é correr uma meia maratona, especialmente a de São Paulo.
A trajetória dos dois funcionários até a mudança efetiva da rotina com atividades físicas foi diferente, mas a decisão de persistir diariamente nos objetivos e sonhos com hábitos mais saudáveis, os une e eles tentam repassar a experiência para outros companheiros de trabalho. Independente de como inicie, o educador físico Danilo Barros aconselha que o treinamento é 50% do processo.
"Com o treinamento, o aluno percebe melhoras em índices estéticos e só depois percebe que ganhou em qualidade de vida. Dormindo melhor, com menos ansiedade, entre outros. Mas é importante ter uma equipe alinhada e que pense as melhores estratégias para cada pessoa", acrescenta. Ele ainda adiciona alguns pontos essenciais que toda pessoa que pratica uma atividade física precisa ter.
(Karoline Caldeira, estagiária sob a supervisão de Victor Furtado, coordenador do Núcleo de Atualidades)