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373 paraenses tomaram doses de fabricantes diferentes

Erros de vacinação contra a covid-19 no estado foram registrados pelo DataSUS

Eduardo Laviano
fonte

Desde que a campanha de imunização contra a covid-19 iniciou no Pará, pelo menos 373 pessoas tomaram duas doses de fabricantes diferentes. 

Enquanto 91 pessoas receberam a primeira dose da Coronavac e a segunda da Oxford/Astrazeneca, outros 282 vacinados fizeram o processo inverso: primeiro a vacina britânica e depois a do Instituto Butantã. 

O total de imunizantes trocados deixou o Pará no décimo terceiro lugar no ranking nacional de "erros" de imunização. 

Os dados, colhidos no sistema DataSUS, do Ministério da Saúde, apontam que em todo o Brasil mais de 16 mil casos semelhantes foram registrados. O levantamento nacional foi feito pelo jornal Folha de São Paulo.

O Ministério só recebeu, porém, a notificação de 481 desses casos. Segundo a pasta, é de responsabilidade dos municípios e estados a aplicação das vacinas, bem como o acompanhamento e monitoramento dos vacinados que receberam doses diferentes, no caso de "possíveis eventos adversos".

Segundo o DataSUS, 7 em cada 10 trocas ocorreram na imunização de profissionais da saúde. 

Ambas as vacinas possuem intervalos diferentes entre a primeira e a segunda dose: são 28 dias para a Coronavac e 90 dias para a Oxford/Astrazeneca. A primeira usa o vírus inativado para produzir anticorpos, enquanto a segunda é do tipo vetor viral não replicante. 

Não há estudos que comprovem a eficácia da imunização a partir da aplicação de duas doses diferentes. "Quem tomou uma dose de um fabricante e outra dose de outro não tomou nenhuma dose completa da vacina", afirmou a imunologista Cristina Bonorino, da Sociedade Brasileira de Imunologia, em entrevista para a Folha de São Paulo.

A Secretaria Municipal de Saúde de Belém informou que não possui o quantitativo de quantos erros similares ocorreram na capital.  

"Pode ter ocorrido ou por falha de digitação ou algum idoso que já teria sido vacinado com a coronavac e depois foi tomar de novo, mentiu que não tinha tomado e recebeu o imunizante de outro fabricante", afirmou o órgão em nota.

Também em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou "que os municípios são responsáveis pela execução da vacina, por isso é necessário verificar junto às secretarias de saúde municipais quanto as causas. A Sespa informa, ainda, que apura o quantitativo de doses aplicadas com divergência".

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